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Goiás comemora 21 anos livre da aftosa

Goiás comemorou 21 anos sem foco de febre aftosa no seu rebanho de 22 milhões de cabeças. É um estágio reconhecido pela OIE (Organização Internacional de Epizootias), com sede em Paris, capital da França. Essa condição do criatório goiano possibilita o consumo de carne pelos mais refinados e exigentes mercados europeus, americano e asiático.

Para comemorar o feito, atribuído aos pecuaristas do Estado e suas organizações como a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB-GO), e o Fundepec (Fundo de Desenvolvimento da Pecuária), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) encerrou, ontem, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a aftosa.

Estímulo oficial

“A produção de Goiás vem sendo decisiva no combate à fome do mundo”, considerou o governador Marconi Perillo, ao encerrar a segunda etapa da campanha da vacinação. Em palestra realizada na sede do Fundepec, no Setor Universitário, Marconi frisou a produtores e representantes do setor “que o protagonismo mundial do Estado nesta área continuará no que depender das políticas de incentivos e estímulos promovidas em seus governos”.

Ele lembrou que o Estado responde hoje por 10% da produção nacional, com a um total de 23,5 milhões de toneladas de alimentos para uma população de 6,7 milhões de habitantes, ou seja: o equivalente a 3.507 quilos por habitante/ano. “Isto é suficiente para alimentar 14 vezes a população goiana, ou 94 milhões de pessoas durante um ano inteiro. É comida para alimentar uma França e meia, ou duas Espanha, ou meio Brasil, durante um ano todo”, exemplificou.

Certificado reconhecido

Durante sua palestra, o governador também comemorou a marca de 21 anos sem aftosa em Goiás. “Há 16 anos conquistamos o Certificado de Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Aftosa com vacinação, logo no início do meu primeiro governo. E estamos mantendo isso todos esses anos. Mérito de todos os agentes desta importante cadeia produtiva, em especial, ao trabalho admirável dos pecuaristas goianos e dos profissionais da Defesa Agropecuária que atuam no Estado”, festejou.

Marconi ressaltou ainda que, neste ano, Goiás conquistou o Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica. “Esses números tão positivos são parte do legado que deixamos nessa era de desenvolvimento que Goiás ainda está vivendo. Não é possível compreender o verdadeiro patrimônio de um governo sem analisá-lo como uma rede de ações que conecta todos os aspectos da gestão”, frisou.

Resultados positivos

O presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo, disse que resultados satisfatórios obtidos nas últimas duas décadas de campanha “são avanços espetaculares, que vêm desde a erradicação da febre aftosa ao reconhecimento internacional de área livre com vacina para Goiás”, observou ele. Toledo falou ainda que as ações sanitárias da Agrodefesa viabilizou a abertura de novos mercados.

Arthur destacou ainda o objetivo da divulgação do resultado. “Queremos divulgar e ressaltar a importância da vacinação contra a aftosa para manter os mercados já existentes e conquistar futuros”, disse. Ele lembrou ainda que gado imunizado é sinal de rentabilidade, produtividade. “Nossa expectativa é continuar produzindo resultados,” sentenciou.

Ação do Fundepec-Goiás

O presidente do Fundepec-Goiás, Alfredo Luiz Correia, fez um breve histórico do Fundo que antes era uma Fundação criada em 1.989. Posteriormente, devido a problemas burocráticos, se transformou num Fundo Emergencial Indenizatório, graças as contribuições espontâneas dos produtores rurais.

Alfredo salientou que a parceria com a Agrodefesa tem rendido bons frutos,  pois o Estado, em termos de qualidade sanitária, é hoje referência nacional e internacional. Um exemplo é o elogio da Organização Internacional de Epizootias – OIE que aqui enviou técnicos em 2014 para inspecionar 12 Estados. Goiás foi referência no trabalho de parceria público/privada nas ações em prol da qualidade sanitária do rebanho.

Desde o início da parceria, o Fundepec-Goiás já repassou para a Agrodefesa cerca de R$ 12.532.336,34. Esse dinheiro é usado pelo órgão do Estado em ações diversas. Por força dessa parceria, em 2004 o Fundo comprou e entregou ao estado em regime de comodato, 85 veículos novos para compor sua frota de trabalho.

Segundo Alfredo, há alguns anos, surgiu no Nordeste de Goiás nas áreas de agricultura familiar, um foco de New Castle, doença que ataca granjas de aves. O Fundo agiu rapidamente em parceria com o estado erradicou a doença e ainda ajudou os produtores rurais a retomarem seus projetos. A ação foi eficaz pois não afetou o status do estado na produção também de aves.

Finalizando sua fala, disse que o trabalho não ficará só no combate à aftosa. Brevemente um grupo formado pelo próprio Fundo, a Agrodefesa, empresas da agroindústria, Ministério da Agricultura, produtores e Universidade Federal de Goiás lançará em breve uma intensa campanha de combate a brucelose e a tuberculose bovinas.

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