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Sindicalistas fazem vigília em frente ao Planalto contra veto do novo fator previdenciário

BRASÍLIA - Às vésperas de terminar o prazo para a presidente Dilma Rousseff sancionar a medida do ajuste fiscal que flexibiliza as regras da aposentadoria, militantes das centrais sindicais se reuniram em vigília em frente ao Palácio do Planalto para pressionar o governo a não vetar a proposta. Com velas eletrônicas, faixas e bandeiras, eles chegaram ao locar por volta das 19h e prometem ficar até a manhã desta quarta-feira.

Caso a presidente vete a parte do texto que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 anos para mulheres ou 95 anos para homens, os representantes das centrais pretendem articular para que o Congresso derrube a decisão.

— Se ela vetar, nós vamos derrubar o veto no Congresso. Isso não quer dizer que nós vamos ser irresponsáveis de quebrar a presidência — afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Miguel também discordou da afirmação do ministro da Previdência Social, Carlos Garbas, de que a alteração no fator causaria um rombo na previdência.

— Não concordo até porque um dos autores dessa proposta foi o Garbas. Lá em 2007 ele ajudou a montar essa proposta. Então, não é verdade isso que ele está falando. Nós estamos propondo que tão logo ele sancione, arrumar alternativas. De oito em oito anos ter uma revisão, a aplicabilidade começar em 2016. Tem algumas coisas que podem ser feitas.

Apesar de ser contra outros pontos incluídos na medida, a vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Foro, defende que a proposta seja sancionada por completo:

— Nós somos contra as duas medidas provisórias que passaram no Congresso. Mas como foi incluído esse item na medida 664, nós entendemos que é uma boa oportunidade para fortalecer os direitos dos trabalhadores.

Além da CUT e da Força Sindical, também participam do ato militantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores. Segundo os organizadores do evento, 3 mil pessoas estavam presentes no início da vigília. Nos cálculos da Polícia Militar, esse número chegava a 500.

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