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Odebrecht diz que prisões são desnecessárias e ilegais

SÃO PAULO. A advogada da Odebrecht, Dora Cavalcanti, afirmou no início da noite desta sexta-feira que já entrou com pedido de habeas corpus para os cinco executivos da empresa presos na 14ª fase da operação Lava-Jato. Ela disse que as prisões foram "desnecessárias" e "ilegais" e que não havia fato novo que justificasse as detenções:

— As medidas de busca e apreensão, sobretudo as medidas de prisão cumpridas na data de hoje, são absolutamente desnecessárias e exatamente por isso manifestadamente ilegais. Havia alguma necessidade, havia algum indício de que alguém destruiu provas, notícias de fuga, estavam dificultando as investigações? A situação aqui é o contrário disso. Todos os executivos prestaram depoimentos, todas as intimações que recebemos do Juiz Sérgio Moro foram atendidas. Não há nada que sugira a necessidade de uma medida de força que foi duramente imposta no dia de hoje - afirmou, em pronunciamento nesta sexta-feira.

Segundo ela, a Odebrecht “possui um dos mais rigorosos código de conduta do país” e já estava fazendo uma investigação interna a respeito dos fatos que têm sido apurados pela Operação Lava-Jato há alguns meses. Dora sugeriu que as prisões são fruto de pressão para que os executivos aceitem fazer delações:

— A empresa e seus funcionários têm orgulho de sua trajetória e não têm que confessar aquilo que não devem para recuperar sua liberdade. Que eles possam sim ser investigados, mostrar sua inocência e que a normalidade seja reestabelecida — concluiu a advogada.

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, a construtora já havia confirmado a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, “para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos”, disse a nota.

Segundo a empresa, “como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.

Na sede em São Paulo, todos os funcionários foram dispensados por volta das 9h20min, por conta da operação.

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