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Maridos fazem apelo para que mulheres voltem para a casa com seus nove filhos

LONDRES — Os maridos de três irmãs temem que elas tenham viajado para a Síria com os nove filhos. Em um apelo para que elas voltem, os homens apenas conseguiram demonstrar amor e saudade. Khadija, Sugra and Zohra Dawood, de Bradford, na Inglaterra, e as crianças, entre três e 15 anos, não fazem contato há uma semana. O irmão delas faria parte de um grupo extremista na Síria.

Akhtar Iqbal fez um apelo emocionado à mulher, Sugra, durante uma coletiva de imprensa.

— Estou tremendo e sinto saudades. Já são muitos dias. Se estiver vendo este vídeo, por favor, ligue, entre em contato comigo. Eu te amo. Amo todos vocês. Por favor, volte para casa para podermos ter uma vida normal. — disse.

Mohammed Shoaib, marido de Khadija Dawood, também fez um pedido.

— As crianças não podem viver sem mim. Elas sentem a minha falta. A última vez em que nos falamos, Maryam, minha filha, disse “pai, eu chorei na última noite, eu choro todas as noites por sua causa”. E meu filho ainda completou “Sinto muito a sua falta”. Não estou bravo, está tudo normal, por favor, volte para casa, para uma vida normal — ressaltou.

O marido de Zohra Dawood não esteve na coletiva de imprensa porque está no Paquistão. Os outros dois, que estiveram presentes, pareciam não conseguir dormir por dias. Até agora, eles não sabem o motivo desta ida das mulheres para a Síria. Mas se elas tiverem se juntado ao irmão para lutar com os extremistas, a chance de elas voltarem é pequena.

O grupo foi considerado desaparecido após seguir uma peregrinação religiosa na Arábia Saudita. A viagem começou no dia 28 de maio, na cidade de Medina. A família foi vista pela última vez no hotel e deveria ter seguido a viagem para Manchester. A última vez que os maridos conseguiram falar com as crianças foi no dia oito de junho. As irmãs, juntamente com os filhos, teriam seguido para Istambul e, posteriormente, para a Turquia. Um roteiro que é comum para quem tem como destino final a Síria.

Os celulares estão fora de área de nenhum dos membros da família tem usado redes sociais. Segundo os maridos, nada de estranho aconteceu antes da viagem e, enquanto a família esteve na Arábia Saudita, manteve contato normalmente.

Segundo Akhtar Iqbal, não havia nenhuma indicação de que as mulheres estivessem ligadas a radicais.

— A família não é política. Elas seguem uma versão moderada do Islã, não havia nada para desconfiar — concluiu.

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