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População condena proposta que altera valor da passagem do Eixo Anhanguera

A meia passagem do Eixo Anhanguera pode estar com os dias contados. Um projeto de lei, que ainda terá que ser aprovado, na Assembleia Legislativa, propõe que os usuários da linha que atravessa Goiânia e atende moradores de outras cidades do Estado paguem o valor inteiro da passagem de ônibus, finalizando, assim, um subsídio histórico concedido ao povo goiano.

Atualmente, o governo de Goiás gasta R$ 6 milhões por mês com o subsídio da passagem da linha, que possui 14 quilômetros de extensão. Desde o ano passado, o popular Eixão transita também por Trindade, Senador Canedo e Goianira. A outra metade do valor é pago pelos 330 mil passageiros que utilizam o veículo diariamente.

A Metrobus, empresa responsável pelo Eixo Anhanguera, informa em seu site que tem estudado o projeto junto ao governo do Estado e que esta ação irá “democratizar” o preço da passagem de ônibus para além do Eixo. “Serão definidos critérios que irão selecionar quais as pessoas realmente necessitam do benefício de pagar mais barato pelo serviço de transporte coletivo”, informa a página eletrônica.

Projeto

De acordo com a Metrobus, o investimento mensal que já existe irá continuar, mas não de forma universal e acessível a qualquer pessoa. O governo pretende implantar um “filtro” que deve diminuir sensivelmente quem pode contar com o benefício.

O presidente do órgão, Eduardo Machado, em entrevista à TV Anhaguera explicou a intenção do projeto: “Os seis milhões poderão ser melhor gastos, promovendo justiça social. O que nós queremos fazer é que as pessoas mais necessitadas sejam contempladas com o benefício”.

A reportagem do Diário da Manhã tentou contato com um representante da Metrobus a fim de obter maiores detalhes ou mesmo a versão de qualquer diretor sobre o projeto. Mas ontem, após as 17h, ninguém apto a falar sobre a polêmica estava na empresa.

Privatização deve colocar fim ao sonho do VLT

O governo de Goiás também estuda outra proposta a fim de reestruturar a Metrobus: vender a empresa da mesma forma que fez com a Celg. O intuito dessa mudança é reduzir os gastos com a manutenção do serviço de transporte coletivo na Avenida Anhanguera e repassá-los completamente para a iniciativa privada.

Em entrevista a uma rádio da Capital, o presidente da Metrobus afirma que o “termo correto não é privatização, mas uma parceria diferenciada com o setor privado”. Segundo ele, a Metrobus não deixaria de existir, mas simplesmente mudaria sua formatação para que fosse adequada “ao momento econômico brasileiro e da real necessidade de transporte da Capital”.

Ele explica que a empresa passaria a integrar a rede de transporte coletivo da Capital, que faz o restante do serviço. Os diretores da Metrobus nada falam sobre as promessas passadas de que seria implantado ali um Veículo Leve sob Trilhos (VLT), projeto cogitado e lançado pelo governador de Goiás. “Seria, talvez, uma forma diferenciada de terceirização, mas dentro da nossa área operacional”, diz o responsável pela Metrobus.

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