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Peritos fazem vistoria em predio de São Conrado

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (Icce) realizou hoje (20) uma nova perícia no prédio que explodiu em São Conrado, na zona sul, na última segunda-feira (18). Uma vistoria também foi feita pela seguradora, acompanhada da Defesa Civil, da comissão de moradores e do engenheiro Antero Jorge Parahyba, que vai assumir provisoriamente a responsabilidade técnica para execução das obras.

Na avaliação do engenheiro, uma parede do nono andar do edifício terá que ser demolida, pois corre risco de queda em uma área comum.  A Polícia Civil aguarda a recuperação do alemão Markus Muller, de 51 anos,  transferido para Hospital Pedro II, em Santa Cruz, depois de permanecer dois dias internado no Hospital  Miguel Couto, no Leblon. Ele permanece internado no Centro de Tratamento para Queimados do hospital. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado dele ainda é grave.

A parede do nono andar do prédio apresentava rachaduras e será demolida ainda hoje pela prefeitura do Rio. De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta, apesar de não apresentar risco, o pedido feito pelo engenheiro para dar prosseguimento à retirada dos escombros do edifício será atendido.

“O responsável contratado pelo condomínio nos fez uma solicitação de mais uma intervenção no nono andar, o que seria feito à tarde. A parede é colada à cozinha e afastou um pouco. Está em uma faixa de projeção de queda para o play. Não há risco iminente, mas atendendo solicitação para fazer essa demolição, a gente vai fazer. Ele ficou muito satisfeito com tudo que nós já realizamos, e agora ele está assumindo a responsabilidade técnica para execução das obras necessárias para retomar a normalidade do prédio”, contou Motta.

Na reunião com moradores, Antero Parahyba solicitou ao secretário municipal de coordenação de governo, Pedro Paulo Carvalho, um apoio de guardas municipais na frente do prédio, até que seja contratada uma empresa de segurança privada para vigiar o local e evitar que pessoas invadam o local. De acordo com Motta, o secretário atendeu o pedido e a Guarda Municipal vai permanecer por algum tempo no entorno.

Os condôminos fizeram outra solicitação à prefeitura em relação aos alimentos que estão apodrecendo dentro da geladeira. Segundo o subsecretário da Defesa Civil, “logo quando a gente terminar esse serviço de demolição, a Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana] vai entrar com os condôminos em cada apartamento para retirar os alimentos que estão apodrecendo e causando mau cheiro”, explicou Motta.

O engenheiro  Antero Jorge Parahyba contou que é um profissional liberal e que trabalha somente com danos nas construções.  Segundo ele, o pedido de demolição da parede se deu porque ela ainda apresentava risco de queda. Parahyba disse ainda que já tem uma ideia de regras para os moradores discutirem em assembleia extraordinária que ainda não tem data definida, mas ainda não está no papel.

“A prefeitura fez o papel dela de dar o primeiro socorro. Quando ela socorre esse edifício, ela socorre a população. Eles terminaram grande parte do trabalho  e eliminaram os riscos, deram uma saneada e estão entregando uma edificação sem condições de habitabilidade, porque isso também não é papel deles, é dos proprietários de restaurar a edificação. Até o prédio ser restaurado, a prefeitura quer saber quem é o responsável pela obra. Eu fico provisoriamente responsável até o condomínio definir se aceita os meus termos ou se não aceita. Eu sei que eu não vou conseguir consenso, mas eu quero ver se consigo uma maioria expressiva e quem seja discordante acate as regras. Não posso definir mais nada”, declarou o engenheiro.

A Polícia Civil informou ainda que a proprietária do apartamento 1.001, alugado pelo alemão, e onde ocorreu a explosão, já foi ouvida na 15ª Delegacia de Polícia, Gávea, responsável pelo inquérito. A polícia  solicitou imagens de câmeras de segurança para avançar nas investigações, e funcionários e moradores do prédio estão sendo intimados a depor. Além da explosão, a polícia investiga se o alemão Markus Muller, atingido, pode ter sofrido uma tentativa de assassinato ou teria tentado suicídio. Procurada pela Agência Brasil para confirmar os hematomas de facadas no corpo de Muller, a Secretaria Municipal de Saúde não confirmou a informação.

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