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Bombeiro é preso por denunciar abuso nas escalas de trabalho

Não bastasse, o sistema de segurança goiano conseguiu, em menos de uma semana, surpreender novamente: o Ministério do Trabalho investiga a prisão de um integrante do Corpo de Bombeiros que denunciou excesso nas escalas de sedrviço dos funcionários da corporação.

Em entrevista à TV Anhanguera, o cabo Uilia Braga afirmou que as escalas impedem os funcionários, enquanto pessoas, de estarem ao lado de suas famílias. Ele está preso, desde segunda-feira, no 8º Batalhão na capital acusado de cometer transgressão disciplinar ao denunciar a jornada excessiva durante uma reunião em agosto do ano passado. Além de Uilia, mais quatro bombeiros foram punidos pela mesma denúncia. Três deles foram presos em março deste ano e um foi excluído da corporação.

A União dos Militares de Goiás diz que a prisão do cabo é abusiva, pois os homens buscavam melhoria nas condições trabalhistas. O presidente da entidade afirmou também que o governo não ajuda a suprir a necessidade de mão de obra da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros e que realmente acontece sobrecarga dos efetivos, que são “jogados” de qualquer jeito para trabalhar. Isso mesmo: o termo é “jogado”, conforme denunciam os defensores da classe.

PRIsãO DISCIPLINAR

Mesmo que a prisão disciplinar esteja presente no regulamento da corporação, a auditora do Ministério do Trabalho em Goiás, Jaqueline Carrijo, defende que a prisão é feita para delatores da lei e não para trabalhadores que buscam seus direitos.

Jaqueline disse que o Ministério do Trabalho fez denunciou o caso na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e tem articulado junto a senadores e deputados federais a defesa dos trabalhadores de segurança pública de Goiás. .

O comando do Corpo de Bombeiros afirma que Uilia está preso por cometer transgressão grave já prevista no regulamento da corporação. O comando também alega que a jornada dos bombeiros é de 24 horas de trabalho a cada 48 horas de descanso, e que buscam aumentar o período do descanso para 72 horas.

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