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Aeroporto Santa Genoveva de Goiânia recebeu nesta segunda-feira vistoria da Aviação Civil e da Infraero

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB) vistoriou nesta segunda-feira (6) as obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. A construção deve tornar o espaço quatro vezes maior que o atual, além de dobrar a capacidade de passageiros atendidos. Padilha garantiu que o montante necessário para o trabalho - cerca de R$ 240 milhões - será liberado.

"Depois que a presidente falou, os ministros têm que disponibilizar", disse, referindo-se da promessa feita por Dilma Rousseff no último dia 19 de março, quando anunciou, em Goiânia, a conclusão do aeroporto para esse ano.

Apesar disso, o terminal deve ser inaugurado dentro do prazo previsto, mas seu pleno funcionamento só deve ocorrem em abril de 2016, segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

"O que poderá ficar ainda para o mês de dezembro. Janeiro e até abril ao término do contrato são benfeitorias normais que acontecem em qualquer obra sem prejudicar o funcionamento do aeroporto”, disse Gustavo do Vale, presidente da Infraero, que também participou da vistoria.

Obras
Até agora, 92% da obra já foi finalizada. Estão previstos ainda a construção da pista e do pátio de aeronaves, além do acesso para o aeroporto e o estacionamento para os usuários. Um viaduto que dará acesso ao local também deve ser erguido na BR-153.

Já foram gastos R$ 220 milhões na reforma. Quando estiver pronto, o espaço do terminal passará de 7,5 mil m² para 34,1 mil m². A capacidade anual de passageiros irá aumentar de 3,5 milhões para 6,3 milhões.

Segundo informações do site da Secretaria da Aviação Civil, o novo terminal terá 113 pontos comerciais, quatro pontes de embarque (os chamados fingers), 23 balcões de check-in, três esteiras de bagagem e sete aparelhos raio-X. Toda a estrutura será distribuída em dois andares que serão atendidos por 11 elevadores e quatro escadas rolantes. Além disso, o novo estacionamento de veículos terá 959 vagas, contra as 589 atuais.

A Infraero afirmou que tem a intenção de fazer a operação conjunta entre os dois terminais. Para isso, negocia com empresas, como a Azul Linhas Aéreas, que poderiam ter o interesse em operar no antigo terminal. De acordo com Bernati, caso a operação conjunta seja possível, a capacidade total do aeroporto será de 9,8 milhões de passageiros ao ano.

Para o presidente do Goiânia Conventional e Visitors Bureau, Newton Pereira, a finalização da obra tem caráter de urgência para os empresários do setor do turismo. “Os prejuízos [com os atrasos das obras] são enormes. Goiânia vem perdendo nesses últimos sete anos inúmeros eventos pela falta de possibilidade de bem receber aqui os congressistas, palestrantes que possam vir nesses evento”, diz.

Histórico
As obras de reforma e ampliação do Aeroporto Santa Genoveva começaram em 2005, mas foram paralisadas seis meses depois por falta de repasses de recursos federais. Em 2006, o TCU apontou superfaturamento nos preços praticados. Em 2007, as empreiteiras responsáveis pelo consórcio suspenderam as atividades de reforma do Aeroporto Santa Genoveva. No ano seguinte, a Infraero rescindiu o contrato.

Após seis adiamentos e dois anos para a construção, a Infraero entregou uma nova sala de embarque no Santa Genoveva, em outubro de 2011. Chamada oficialmente de Módulo Operacional Provisório (MOP), a nova ala ganhou o apelido de "puxadinho".

Em dezembro de 2011, a Infraero, o Governo de Goiás e os representantes do consórcio responsável pela obra do novo terminal assinaram um acordo para garantir a conclusão do novo terminal. Mas em junho de 2012, uma vistoria do TCU constatou que o projeto original ficou ultrapassado e precisou ser modificado. Os trabalhos no canteiro foram retomados em setembro de 2013.

Em fevereiro de 2014 a obra voltou a ser paralisada, desta vez por uma greve dos operários. Eles reivindicaram melhores salários e condições de trabalho, além de melhores condições de trabalho, como a alimentação fornecida no canteiro de obras e um melhor alojamento àqueles que vieram de outros estados. Após negociação, os trabalhos foram retomados.

Depois, houve nova alteração no cronograma depois que o Tribunal de Contas da União pediu análise dos projetos relativos à parte de infraestrutura entre fevereiro e novembro de 2014.

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