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CORONAVÍRUS

Leia íntegra do emocionado pronunciamento de Ronaldo Caiado durante lançamento de novo decreto

Durante a solenidade na manhã desta terça-feira, 16, em que explicou o conteúdo do decreto estadual publicado diante do agravamento da segunda onda da pandemia de covid-19, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, com mestrado na França e atuação em práticas cirúrgicas, fez uma análise detalhada e criteriosa das variantes do vírus de covid-19, anunciou recentes estudos e fez reiterados pedidos para a população evitar aglomerações.

Minutos depois do pronunciamento, trechos do discurso viralizaram nas redes sociais.

Caiado anunciou um pacote de medidas para tentar reduzir o impacto dos efeitos da pandemia, que inclui empréstimos a juro zero e revezamento 14x14.

O DM publica a íntegra da exposição do governador, que iniciou seu discurso com análises de gráficos epidemiológicos e depois explicou o grau e motivo da letalidade das novas variantes de vírus.

O gestor explicou o motivo de jovens não suportarem a segunda onda como nas primeiras contaminações ocorridas em 2020 e ao fim respondeu quem não acredita na doença ou opta em se aglomerar, como manifestantes que prejudicaram a chegada de medicamentos para os hospitais, na última segunda-feira, 15, quando fecharam uma rodovia do Estado.  

Pronunciamento

Eu me lembro bem que foi exatamente há um ano, no mês de março de 2020, nós estávamos aqui nesta sala. Exatamente há um ano! Quando nós enfrentávamos a primeira onda da pandemia, sem saber muito, mas pelo menos com a ciência nos orientando: para enfrentar uma pandemia nós temos que ter princípios que são básicos e elementares e que a ciência demonstra efeitos positivos em todos esses casos.

Primeiro: o afastamento, buscar não ter aglomerações. Segundo: o uso da máscara. Terceiro: a higienização. Naquele momento fui o primeiro governador a decretar o isolamento social. E aí nós temos então algumas ações que promovemos. Realmente alguma coisa ocorreu. Quando nós tomamos essa medida, lógico que sofremos críticas e indiscutivelmente nós vivíamos uma situação onde nós precisávamos nos adequar às condições do Estado de Goiás para poder enfrentar uma pandemia que já mostrava sua força na Ásia, Europa, pelos Estados Unidos, o poder devastador desse vírus. E nós, ao implantarmos aquelas medidas que, muitas vezes, foram criticadas por alguns empresários, nós tivemos a Universidade Federal de Goiás dizendo que graças ao isolamento nós conseguimos fazer com que 3,4 mil pessoas em Goiás não fossem a óbito.

Quando eu recebi o Estado de Goiás, tinha UTI’s públicas nas cidades de Goiânia, Anápolis e Aparecida, num total de 254 leitos. Hoje, vocês podem acompanhar e ver, nós temos o número de leitos de UTI geral, 337; UTI Covid-19, 519. Total de leitos de UTI: 856 leitos. Enfermaria geral, 1716; enfermaria Covid-19, 656 leitos. Total geral de leitos tanto para outras doenças quanto para Covid: 3228 leitos.

Nós temos hoje uma distribuição no Estado de Goiás entre Hospitais de Campanha, hospitais conveniados com UTIs funcionando, Anápolis, Aparecida, Goiânia, Goiás, Caldas Novas, Catalão, Ceres, Formosa, Itumbiara, Jaraguá, Jataí, Luziânia, Mineiros, Nerópolis, Porangatu, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, São Luiz dos Montes Belos, Senador Canedo, Trindade e Uruaçu. Então, as pessoas entendem hoje porque nós conseguimos salvar tantas pessoas. Porque nós não tínhamos ainda a regionalização nem a condição de atender a demanda, onde um paciente de Covid-19 não consegue sair de Jataí e chegar a Goiânia, não consegue sair de Porangatu e chegar a Goiânia. Essa é a situação onde nós fizemos essa regionalização capaz de fazer com que as pessoas pudessem ter um atendimento na sua região.

Mas vamos agora para outro gráfico que eu peço a atenção de todos vocês. Comparem aí o que nós temos agora, passando aqui um levantamento feito no dia 5 de abril, tá certo, atravessando todo período de 2020 e chegando nesse momento. O que ocorre? No pior momento da primeira onda, que é aquela parte central, nós não atingimos o número de casos confirmados de Covid-19 no Estado de Goiás. Vocês veem ali, nós já ultrapassamos tranquilamente ali a faixa de 450 mil casos confirmados. Então, isso mostra que nós ainda estamos numa curva crescente e ascendente, não estabilizamos ainda. A segunda onda, vocês viram, estabilizou ali. Quando nós jogamos no mês de setembro ela começa a cair. Então, nós prorrogamos a nossa primeira onda e aparelhamos a estrutura para que conseguíssemos no pique da pandemia chegar a uma condição de atendimento às pessoas. Mas, agora, nós já estamos num crescimento vertical da transmissibilidade e de confirmação de pacientes não estabilizados, isso é o mais grave.

E também vocês podem comparar um gráfico com outro, ou seja, uma coluna da primeira onda com a segunda coluna. Vocês veem que existe mais ou menos um platô que em alguns momentos sobem um pouco mais.

No entanto, quando estamos tratando do novo coronavírus ou da nova variante, seja ela a britânica, seja ela P1, você vê que o crescimento é de forma exponencial, você não vê aquele equilíbrio: ali você vê algo que é, assim, na proporção quase geométrica de casos dia a dia. São dados que ficam bem evidentes em todas as situações.

Eu me lembro que quando a Universidade Federal de Goiás disse que nós chegaríamos a 8 mil óbitos em Goiás, nós fomos… ironizaram, transformaram aquilo em chacota. “Isso nunca vai acontecer”. Está aí, já chegamos a 10 mil óbitos e em uma linha ascendente. Ronaldo Caiado, ao lembrar das críticas contra pesquisadores da UFG

Vamos passar então agora para o segundo gráfico, está aí a linha azul que vai dia a dia ali, você tem o que nós chamamos de média móvel de óbitos por dia. E aquela linha vermelha, óbitos confirmados. Então, você vê que hoje nós já estamos com 9,7 mil pessoas, cidadãos, não é um número 9,7 mil. São pessoas já confirmadas e ainda tem um número de óbitos maior, mas que ainda não teve a confirmação. Ou seja, nós estamos chegando a 10 mil óbitos. “Ah, mas 10 mil?”. Eu me lembro que quando a Universidade Federal de Goiás disse que nós chegaríamos a 8 mil óbitos em Goiás, nós fomos… ironizaram, transformaram aquilo em chacota. “Isso nunca vai acontecer”. Está aí, já chegamos a 10 mil óbitos e em uma linha ascendente.

Essa é a realidade! Temos que confrontar com ela. Isso aí pode ser tratado como sendo algo insignificante, que as regras não precisam ser cumpridas? Que temos que simplesmente cruzar os braços, deixar acontecer?

Vamos para o próximo. Vejam vocês como houve a participação da população e o porque nós salvamos tanta gente na primeira onda, e nós tínhamos menos estrutura do que temos hoje. Hoje estamos no máximo da nossa capacidade de abertura de leitos, de equipes na área da saúde e, ao mesmo tempo, com infraestrutura. O máximo!

Vocês veem que aquela época, quando nós solicitamos ali… você nota um quadrado no canto esquerdo, era como era a rotina antes do isolamento que nós decretamos em março. Nós chegamos a atingir um percentual de 60% de isolamento, aquele pico mais alto logo em março de 2020. E você vê que depois, mesmo com as nossas ações e decretos, é um descumprimento quase que completo por parte da população, onde todos estão incluídos ou numa faixa ruim, em alguns momentos na faixa boa.

Mas a grande maioria do isolamento social em Goiás [vocês podem ver, esse último levantamento é do dia 1º de março, então está com atraso de alguns dias, mas esse gráfico tem que ser bem… o levantamento tem que ser real, não pode ter nenhuma distorção] mostra que estamos em uma faixa ruim de isolamento. Essa faixa ruim de isolamento social faz o que? Ela faz com que você haja ainda, que você tenha mais número de contaminados. Para vocês terem uma ideia, no momento crítico da primeira onda, na nossa semana pior, nós atingimos em Goiás, infelizmente, 421 óbitos. A nossa média hoje semanal já chegou a 437 óbitos por semana, numa escala ascendente.

Hoje nós ultrapassamos o pior momento da primeira onda e numa tendência de crescimento! É o que está aí colocado.

O vírus, é lógico que vocês sabem, tem dois caminhos. Ele tem o objetivo, primeiro, de aumentar a sua transmissibilidade e poder cada vez mais aumentar a sua carga viral. Então, ele vai sofrendo mutações, cada vez ele vai se tornando mais resistente, com mais capacidade de transmissibilidade e com maior capacidade de produzir uma carga viral que penaliza duramente as pessoas. Porque a diferença da primeira onda com a segunda onda? Seja o vírus, seja a variante de Manaus, a P1, seja a variante britânica que já foi identificada em Luziânia e Valparaíso, elas não entraram em Goiás por Luziânia nem por Valparaíso, elas entraram pelo Aeroporto Internacional de Brasília. E hoje já é uma contaminação comunitária, onde a capacidade dela, a variante tanto britânica quanto a variante brasileira, de Manaus, não se tem um estudo ainda final. Não posso dar a palavra final, mas a variante britânica já está comprovada, com publicação feita ontem em uma revista inglesa: ela tem uma capacidade de produzir uma carga viral no paciente duas vezes maior do que o primeiro vírus. Porque os jovens estão sendo, nesse momento, altamente penalizados? Porque eles resistiam, até por condições físicas, de imunidade, de não terem comorbidades, eles até resistiam à contaminação do primeiro vírus, da Covid-19 inicial. Agora, o volume de proliferação de vírus, a carga viral no organismo da pessoa, ele não suporta. Então você está vendo atingir a faixa etária de 30, 40 anos. O que você não via anteriormente. E ao mesmo tempo com essa capacidade que ele tem, ele tem uma capacidade de agravar o processo e as pessoas terem internações quase que de imediato, não em leitos de enfermaria, mas em leitos de UTI, e quando entubados, a mortalidade chega a 50%.

Ora, se nós estamos vivendo uma situação como essa, eu quero dizer a vocês que todos os cuidados estão sendo tomados. Um paciente em uma UTI ou em enfermaria ele tem que ter, além de uma equipe que está exausta, estafada, não suporta mais, nós não temos como, muitas vezes, atender nas instalações do interior por falta de pessoas que não conseguem mais se deslocar.

O psicológico dessas pessoas está seriamente abatido. Os profissionais estão vendo sair da enfermaria a todo momento pessoas que foram a óbito. Imagine o emocional? Tudo bem, nós médicos somos preparados, mas ninguém está preparado para ver uma situação como essa, que é algo onde 50% dos pacientes entubados, infelizmente, irão a óbito.

Nessa hora sempre tentam culpar alguma coisa. Aí é a tese maniqueísta: “Ora, se morreu é incompetência do governo. É porque realmente não tem leito, é porque faltou medicamento”. A rede privada hoje está tendo condições de arcar ou de ter medicamentos necessários para sedar um paciente em oferta de acordo com a demanda? Não. Todos nós estamos sofrendo. A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás teve a precaução inicial de fazer cada vez mais estoques nesse sentido. Mas até quando? Até quando nós vamos ter condições de sedar um paciente entubado? Como ele vai poder viver sem estar sedado? Com aquele tubo? Nós podemos ter um momento de colapso na oferta desses medicamentos? Sim. Perguntem aos hospitais privados se eles estão tendo facilidade em receber as encomendas que estão fazendo dos medicamentos. Nós tivemos o cuidado, no Estado de Goiás, em instalar usinas próprias de oxigênio, reservatórios e tanques para que pudéssemos ter estoques ali, como o último que instalamos em Uruaçu, de mais de 25,5 mil m³ de oxigênio líquido, igual a 25,5 mil balas de oxigênio em um tanque só. Vocês sabem o quanto aumentou o gasto de oxigênio nos hospitais de Goiás, os hospitais estaduais, nas últimas duas semanas? Os hospitais com maior número de UTI’s… Chegou a 500% o aumento do consumo de oxigênio. Os outros hospitais que têm mais o processo de enfermaria e algumas UTI’s, 200% de aumento do consumo de oxigênio.

É muito triste nós termos que conviver com situações tão delicadas como essa que nós estamos passando nesse momento, até porque, sinceramente, eu sempre acreditei que com a pandemia ela deveria servir para poder fazer com que o sentimento de humanização, de amor ao próximo fosse aflorado, mas o que nós estamos vendo é que alguns grupos transformam esse momento em ações, cada vez mais, no sentido de animalizar o processo, cada vez mais de tentar tirar benefícios políticos, voltando a agir contra as normas da ciência.

Ronaldo Caiado, sobre quem tenta tirar benefícios políticos com a pandemia

Então, vejam vocês, como nós vivemos o dia a dia, como está a nossa equipe aqui, a Flúvia, meu secretário da Saúde, todo dia, trabalhando 24h, abrindo leitos e, de repente, você vê algumas pessoas obstruindo a BR-153, onde lá estavam os caminhões que estavam transportando oxigênio para os hospitais. Caminhões estavam trazendo medicamentos para Goiânia! Quer dizer, a que ponto chega a insanidade num momento tão grave quanto esse? Onde tem explicação isso? "Ah, porque nós estamos aqui sem trabalhar e, por isso, nós estamos quebrando, é por causa do decreto". Por favor, seja honesto, seja honesto intelectualmente. Quem está quebrando, quem está judiando, quem está matando é o vírus, essa é a realidade. É muito triste nós termos que conviver com situações tão delicadas como essa que nós estamos passando nesse momento, até porque, sinceramente, eu sempre acreditei que com a pandemia ela deveria servir para poder fazer com que o sentimento de humanização, de amor ao próximo fosse aflorado, mas o que nós estamos vendo é que alguns grupos transformam esse momento em ações, cada vez mais, no sentido de animalizar o processo, cada vez mais de tentar tirar benefícios políticos, voltando a agir contra as normas da ciência.

Será que é justo isso? Os dados estão aí, como vai se contestar o que está aí? Quer dizer, todos nós queremos achar alternativas, estamos buscando e vamos achar alternativas, que vamos dar aos empresários, aos pequenos empresários, a ajuda que Goiás pode dar às pessoas.

Mas porque alguns querem usar este momento, repito, para cada vez mais provocar um processo de enfrentamento nas ações do dia a dia? Enquanto isso, nós estamos lutando 24 horas aqui em cada município de Goiás para poder criar condições, ampliar condições de equipes mais para podermos amanhã atender essas pessoas que estão nos criticando nas carreatas quando forem acometidas pelo vírus da Covid-19 e ter um atendimento digno, e poder amanhã ser tratado com dignidade dentro dos leitos hospitalares. E não ser desprezado nas ruas e morrendo como indigente, sequer tendo atenção do Estado.

Não me preocupa, não vou trocar, de maneira alguma, vida por voto. Minha posição como governador do Estado de Goiás é a responsabilidade com a vida de 7,2 milhões de pessoas que aqui habitam.

O decreto foi implantado com objetivo de dizer que se o Estado está em situação de calamidade, é inaceitável que alguns achem que podem ter regra própria sendo que não tem estrutura hospitalar para suportar os pacientes que estão na porta dos hospitais. Essa é a realidade. Nós estamos preocupados, sim, com as ações, sabemos a dificuldade que temos quando, infelizmente, e repito, alguns grupos tentam animalizar as suas ações e tirar proveito político eleitoreiro. Triste, mas a população vai julgá-los.

Recebo também telefonemas de milhares de pessoas me pedindo leito hospitalar. Ontem mesmo conversava com a Flúvia e com o Ismael. “Governador, nós acabamos de abrir Uruaçu, mais 200 leitos. 68 leitos de UTI e 112 de enfermaria, e realmente já temos 446 pedidos para leitos de UTI”, a Flúvia me dizia. E aí? Chegamos a mais de 3 mil leitos no Estado de Goiás. Onde que se tem equipe médica para suportar um ambiente dentro de uma UTI? A minha deferência aos meus colegas médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, laboratoristas, o cidadão da maca, aquele que está na limpeza, o técnico de raio-x, ao fisioterapeuta, a todos eles, meu mais profundo reconhecimento pelo trabalho que eles têm feito hoje salvando vidas.

Eu queria, minha gente, repetir: essa pandemia deveria servir para humanizar as nossas relações, dar solidariedade, amor ao próximo. É triste nós vermos, num momento como esse, pessoas que são conhecedoras desses dados científicos e que querem, cada vez mais, tirar daí benefícios políticos eleitoreiros, e muitas vezes, como eu disse, animalizando suas ações e levando a população a esse nível de confronto e enfrentamento.

Mas nós temos a coragem de poder fazer com que a ciência, a boa medicina, as regras que estarão aqui, não com apoio do governador, mas com apoio de todos os poderes constituídos. Nenhuma decisão aqui foi tomada sem que nós consultássemos todos os poderes e órgãos independentes do Estado de Goiás. Desde quarta-feira passada conversamos com nosso procurador-Geral da República, com nosso presidente do Tribunal de Contas do Estado, vice-governador, presidente da Assembleia, do Tribunal de Contas dos Municípios, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça. Nenhuma ação foi tomada de forma abrupta. Mas quero dizer mais: Goiás não parou aí, o Estado não fez apenas atitudes restritivas como foram aí colocadas.

Mas vocês estão vendo que só a GoiásFomento está liberando R$ 112 milhões, com taxa zero, para as atividades que foram acometidas. Taxa zero! Bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagem, empresas de turismo: R$ 112 milhões! Temos aqui prazos alongados de 36 meses, carência de seis meses. Temos aqui para microempresa, microempreendedores individuais (MEI), também para o cidadão comum, seja ele o garçom, o cozinheiro, todo aquele que realmente foi penalizado por termos que neste momento fechar as atividades. O Estado de Goiás está buscando repassar a eles condições de sobrevivência, mas pedindo a esses pequenos e médios empresários, que ao terem acesso a esse dinheiro, não demitam seus servidores. Essa é uma condicionante, por favor.

Na Retomada, estamos com cursos, como vocês veem abaixo, no Cotecs. São Colégios Tecnológicos. Estamos preparando as pessoas para ocuparem as 3,2 mil vagas de trabalho pelo programa Mais Emprego. Na Saneago, nós suspendemos o corte de água por atraso da população em situação de vulnerabilidade. Ao Detran, adiamento do IPVA e do licenciamento para o mês de agosto. Renegociação das dívidas e acesso a novas linhas de crédito. Ou seja, aqueles que estão devendo parcelas de contratos que já fizeram, nós vamos renegociar e abrir a eles a condição de novos empréstimos.

A Secretaria da Cultura, R$ 2 milhões, em apoio aqueles que à época, em condições normais, tinham como fazer seus eventos e festivais, e com isso nós esperamos manter pelo menos 1.050 empregos diretos.

A Orquestra Filarmônica de Goiás, que vale a pena, porque é nossa cultura, a nossa tradição em termos daquilo que é fundamental para a história do nosso povo, estamos também mantendo-a com gastos de R$ 1,1 milhão. Na Secretaria de Desenvolvimento Social, foi aberta uma licitação para a compra de mais 250 mil cestas básicas. Senhores prefeitos, até sexta-feira já estaremos com toda a parte burocrática resolvida, com repasses aos prefeitos de R$ 28 milhões.

Modificamos em nosso decreto para que vocês pudessem ter um uso imediato do dinheiro para atendimento, principalmente, das necessidades básicas, alimentação e medicamentos. R$ 28 milhões nós estamos passando nesta semana para a conta de todas prefeituras do Estado de Goiás.

Temos também o Facilita, o Refis, como é mais conhecido. As pessoas que têm débitos de ICMS no Estado e que desejam ali regularizar seus atrasos tanto de ICMS, ITCD, IPVA, já foi prorrogado até dia 4 de maio de 2021.

A OVG pede encarecidamente para que sejam feitas doações de cestas básicas, de produtos que estamos necessitando neste momento e aí eu quero chamar a atenção de vocês.

Nós estamos tratando de um vírus que tem a transmissibilidade duas vezes maior que a anterior. Vamos trabalhar para que os ônibus tenham pessoas apenas com o número de lugares e, ao mesmo tempo, pedindo às pessoas que entendam que os servidores das atividades essenciais têm prioridade no deslocamento.

Ronaldo Caiado sobre a diferença do vírus atual para o que surgiu em 2020

Aquele item primeiro na compra de mais de 200 mil máscaras N 95, está comprovado hoje que o transporte urbano é um dos problemas em relação também à transmissão. Nós queremos em Goiás implantar rapidamente nas próximas horas, tão logo tenhamos as máscaras adquiridas, a conscientização das pessoas que ao entrar no terminal ou for ter acesso ao ônibus que usem a máscara N 95. Foi comprovado que a pessoa que está com o uso da máscara correta, e essa aqui não tem como sair do lugar, não vai para o queixo, fica no lugar certo, eu garanto a vocês que nós teremos uma diminuição enorme da transmissibilidade.

Nós estamos tratando de um vírus que tem a transmissibilidade duas vezes maior que a anterior. Vamos trabalhar para que os ônibus tenham pessoas apenas com o número de lugares e, ao mesmo tempo, pedindo às pessoas que entendam que os servidores das atividades essenciais têm prioridade no deslocamento.

Então, são ações que nós estamos fazendo, higienizando o ambiente e buscando ajuda de todos no sentido de nós termos nesses próximos 14 dias uma condição de levarmos esse nível de contaminação a patamares mais baixos, aguardando uma defasagem que tivemos, infelizmente, na oferta de vacina.

Se nós sabemos que o único caminho é o afastamento, a não aglomeração, o uso das máscaras e a higienização das mãos... É o que eu peço a todos.

Amanhã deve chegar um pouco mais de vacina, semana que vem também. Então, gradualmente nós vamos vacinando, mas nós ainda estamos longe de chegar a um patamar de 60 anos de idade. O que nós estamos vendo é que a juventude também está sendo penalizada.

Então, o pedido que faço, neste momento, a toda a população do Estado de Goiás: reflitam! Não sejam induzidos por discursos sem a menor base científica, demagogos, pessoas que realmente sabem da realidade, mas acham que o populismo e a negação da ciência são mais fortes para que ele tenha os seus interesses atingidos.

Nós, em Goiás, vamos mostrar que aqui, poderes constituídos e a população, estamos imbuídos em salvar a nossa economia e, ao mesmo tempo, vacinar a nossa população.

Os empresários que diziam que nós íamos desindustrializar Goiás na primeira onda da Covid-19, a resposta foi contrária. Goiás foi o Estado que mais aumentou a sua produção industrial, mais gerou empregos no Centro-Oeste e mais empresas se instalaram no Estado de Goiás. Pode ter certeza que essas pessoas que torcem contra o Estado de Goiás vão perder mais uma vez porque vai prevalecer a ciência, a humildade e o respeito à vida. Muito obrigado a todos!

Pronunciamento realizado pelo governador Ronaldo Caiado, na manhã de 16 de março de 2021, durante divulgação do decreto com pacote para combater efeitos da pandemia de covid-19

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