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CORONAVÍRUS

Coronavírus: O isolamento é realmente necessário?!

Cientistas e médicos de vários países do mundo assinaram uma carta aberta pedindo que os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido estimulem a volta dos jovens "a vida normal" para elevar a imunidade da população. A ideia é que aqueles que não são vuneráveis devem ser imediatamente autorizados voltar a vida normal.

A Declaração de Great Barrington, batizada assim por conta da cidade que foi escrita nos EUA no Estado de Massachussets, foi assinada por 6.400 cientistas como epidemiologistas de doenças infecciosas e cientistas da área da saúde pública, que temem os impactos prejudiciais para a saúde física e mental, causados pelo isolamento.

"Manter essas medidas em vigor até que uma vacina esteja disponível causará danos irreparáveis, com os desprivilegiados desproporcionalmente prejudicados."

Segundo os cientistas , esse impacto levará à um aumento na taxa de mortalidade nos próximos anos, sendo maior esse impacto entre os mais jovens e os menos favorecidos financeiramente.

A imunidade de rebanho ao qual esses cientistas pretendem chegar é atingida quando a porcentagem de imunes é suficiente para diminuir a transmissão.. Para o coronavírus, estima-se que ela esteja entre 60% e 70% da população, bem acima dos 10% que já contraíram o coronavírus, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Segundo os cientistas que assinam a carta, a vacina é uma forma de atingir a imunidade de rebanho, mas não é indispensável.

Como a maioria da população não corre o risco de morrer se for infectada, essa parcela deve continuar suas vidas normalmente, argumentam os cientistas.

Os autores sugerem que escolas e universidades devem adotar ensino presencial e retomar atividades extracurriculares, como esportes.

"Os jovens adultos de baixo risco devem trabalhar normalmente, e não em casa. Restaurantes e lojas devem ficar abertos. Artes, música, jogos e outras atividades públicas devem ser retomadas."

A proposta ressalta que a proteção dos vulneráveis deve ser a prioridade de saúde pública. Entre possíveis medidas eles citam garantir que funcionários de casas de repouso estejam imunes ou façam testes frequentes e que todos os visitantes sejam testados.

A declaração também diz que todos, jovens ou idosos, devem adotar medidas de higiene como lavar as mãos e ficar em casa quando estiverem doentes, porquê isso propicia a imunidade de rebanho.

Publicado em inglês, alemão, espanhol, português e sueco, ele é coassinado por professores e cientistas de dezenas de universidades do mundo, entre elas as britânicas de Londres, Cambridge, Leicester, Edimburgo, York e Glasgow (Reino Unido), Yale (EUA), de Mainz (Alemanha), Tel-Aviv (Israel), Canterbury e Auckland (Nova Zelândia), Queens (Canadá), Instituto Karolinska (Suécia) e o Instituto Estatístico da Ìndia, e já recebeu apoio de mais de 57 mil pessoas.

A carta surge num momento em que o número de novos casos bate recordes e que governos de países euroupeus estão pressionados pelos impactos da segunda onda e que retomam as retrições de mobilidade e estudam a possibilidade de reimpor confinamentos.

Bolsonaro avisou

Desde Abril o Presidente Jair Bolsonaro vem criticando o confinamento e defendendo o isolamento vertical.

"O Governo Federal, se depender de nós, está tudo aberto com isolamento vertical e ponto final. Os governadores assumiram cada um a sua responsabilidade, houve uma concorrência entre eles para ver quem fechava mais", disse o Bolsonaro durante videoconferência promovida pelo Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf.

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Ads by TeadsPara Bolsonaro, o Brasil teria de se espelhar na Suécia, que não adotou regras mais rígidas para enfrentar a crise sanitária. ;Quem defendia mais a vida do teu eleitor, do cidadão do teu estado em relação aos outros. O governo federal nunca foi óbice. Se depender de mim, quase nada teria sido fechado, a exemplo da Suécia;, opinou o presidente.

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