Home / Coronavírus

CORONAVÍRUS

Pandemia evidencia importância das redes sociais

De acordo com balanço atualizado nesta sexta-feira (21) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o novo coronavírus contaminou 3.456.652 de pessoas no Brasil e provocou 111.100 mortes. A Covid-19 também impactou a economia. Segundo dados divulgados ontem (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número de desempregados no Brasil cresceu 20,9% entre maio e julho.

Conforme o portal Sebrae, uma das pessoas que mais sofrem com esse cenário é o dono do pequeno negócio, "que precisou fechar as portas de seu estabelecimento físico e ficar em casa para diminuir a propagação da doença". Uma pesquisa on-line realizada de 3 a 7 de abril pela entidade apontou que a pandemia mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,8%, pararam as atividades de forma momentânea.

O comércio virtual, o e-commerce, aumentou cerca de 40% nos últimos anos, de acordo com estudo feito pelo PayPal e Big Data Corp. Já em meio à pandemia, a venda não-presencial se tornou uma opção para amenizar os abalos financeiros. O assessor de comunicação Marcos Ferreira aponta que antes mesmo da pandemia o universo on-line já era tratado com bastante atenção.

"Porém, com tudo que aconteceu/acontece, principalmente as empresas entenderam que estamos evoluindo ao modo de tudo ser consumido de forma on-line. Então, o papel aqui é exclusivamente para manter o empreendimento de pé e funcionando", enfatiza.

Maior atenção às redes sociais

Foto: All The Free Stock

Para a gerente de marketing Taynara Sanches a pandemia deixou mais evidente a necessidade de uma maior atenção às redes. "Todas as nossas ações presenciais precisaram ser convertidas em digitais. Não apenas as redes sociais, mas os canais digitais de comunicação, como um todo, se tornaram mais ainda nossos aliados", afirma.

Já Marcos Ferreira ressalta que o universo digital, seja por meio de lojas on-line ou redes sociais, é um grande aliado de empresas e pessoas. "Você torna algo tangível e demonstrativo para todos os públicos e até mesmo nichos que você precisa. Conseguimos voltar à produção de conteúdo ou demonstração mais fácil com as ferramentas on-line que temos", pontua.

Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o uso da internet aumentou no país até 50% durante a pandemia. O assessor de comunicação acrescenta que consumimos muito mais tocando nas coisas. "Pelas redes sociais não temos esse prazer do toque, mas causamos desejos, vontade de ter, de consumir. Isso sem dúvidas, é uma aliada de empresas nos dias de hoje".

Experiência com publicidade: bagagem para redes sociais

T-shirt Girls PWR à venda pela Eh Babado. Foto: Reprodução/Instagram @ehbabadoo

A publicitária Ariane Kelen começou no dia 13 de agosto um negócio digital de t-shirts femininas e acessórios. A marca Eh Babado é o principal trabalho de Ariane atualmente. Ela também pretende produzir as próprias roupas, além de criar uma linha masculina e iniciar a venda de óculos com proteção UV. As fotos dos produtos são publicadas no Instagram com descrições sobre os itens e demais informações, que incluem forma de pagamento e entrega.

https://www.instagram.com/p/CD1-FvZBYj4/

Além da faculdade de Publicidade e Propaganda ela fez cursos de marketing digital, social media e pacote Adobe. De acordo com a empreendedora, a formação acadêmica ajudou na hora de montar o perfil nas redes sociais. "Me deu bagagem para saber público-alvo, persona ideal, como criar um planejamento e pensar na logo", argumenta.

Ariane Kelen começou um negócio digital em meio à pandemia. Foto: Arquivo Pessoal

Ariane já trabalhou em duas empresas de varejo e multimarcas. Tem experiência na criação de peças para campanhas, gerenciamento de rede social, fotografia e eventos. "Ainda estou analisando toda a situação", afirma sobre o novo empreendimento.

Estímulo aos sentidos

Mini torta de nozes com doce de leite da DoceEllo. Foto: Reprodução/Instagram @doceello.oficial

A confeiteira e publicitária Gabriella Oliveira criou a Doce Ello em dezembro de 2016 como algo mais informal e restrito aos vizinhos, familiares e amigos. O objetivo era viajar nas férias. Já em fevereiro de 2017 resolveu ampliar o público. "Levar mais a sério, fazendo redes sociais e deixando tudo mais profissional", explica.

"Toda essa vontade de fazer a confeitaria foi inspiração da minha mãe Giselle. Quando adolescente fazia docinhos para vender na faculdade. Desde então nunca mais parou de fazer doces. Ela sempre me ensinou e me passou esse legado", realça.

Gabriella Oliveira afirma que vontade de fazer confeitaria foi inspirada na mãe. Foto: Oliver Filho

Gabriella destaca que trabalhar com redes sociais é tudo, principalmente com o Instagram. Conforme dados da consultoria Kantar, até o final de março a utilização da rede social, assim como o WhatsApp e Facebook, aumentou 40% em todo o mundo.

https://www.instagram.com/p/CBtfNeKH35S/?igshid=1on3qsz4bfanz

"É como se fosse a minha loja, com a vitrine e o meu cardápio, mas no ambiente virtual. É necessário tirar fotos bonitas e fazer vídeos, pois só se vende o que é bonito e aparenta ser saboroso", explica.

Dicas para perfis mais atrativos

Foto: All The Free Stock

A influenciadora e profissional de Relações Públicas e Marketing Digital, Daiany Ramos, acredita que para manter as redes sociais atrativas aos consumidores e continuar com as vendas é fundamental estudar o público e a marca. "Busque criatividade em conteúdo de seus concorrentes, análise o cenário que sua empresa está, defina uma identidade marcante para sua empresa no meio digital e, principalmente, saiba gerar conteúdos que vão trazer informações para quem está consumindo".

De acordo com a gerente de marketing, Taynara Sanches, é importante estudar o público e entender o que é interessante e relevante para ele. "Comunicar com seu público não é fazer o que você acha que é legal, da forma que você gosta. É fazer o que o seu público/cliente gosta e o que vai chamar a atenção dele", avalia.

"Outra coisa importante é sempre responder e interagir, além de manter a frequência e a qualidade do conteúdo. Também é importante ressaltar que redes sociais e marketing como um todo não fazem milagre. Não devemos apostar todas as nossas fichas, esforço es e investimentos apenas nelas. Entender que apenas postar por postar não gera vendas e que é preciso um conjunto de ações para que o resultado chegue".

Conforme a confeiteira Gabriella Oliveira o "boca a boca" nunca é descartado. "O segredo é ter um bom produto e ser gentil com os clientes, assim o seu público vai crescendo, e se tornando um público fiel", completa.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias