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CORONAVÍRUS

Verbas liberadas para a Saúde pelo governo alcança 54,5 bi

Da Secretaria Especial da Fazenda, ligada ao Ministério da Economia, o governo já liberou até agora, em quatro meses, um total de R$ 334,4 bilhões - o equivalente a 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas as riquezas produzidas no País - para prevenção e combate ao coronavírus e para atenuar os efeitos sociais e econômicos da crise.

No início de fevereiro, quando dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) modelos E-190 VC2, da Embraer, decolaram de Brasília para resgatar um grupo de brasileiros retido em Wuhan, na China, os gastos do governo com a pandemia não pararam mais de crescer.

O governo já liberou até agora o equivalente a R$ 54,5 bilhões (16,3% do total) para ações sanitárias e de saúde, contando os R$ 10 bilhões reservados à área no pacote de ajuda aos entes da Federação e mais R$ 5,6 bilhões dos quais o governo abriu mão, com as desonerações tributárias de medicamentos e produtos médicos e hospitalares promovidas pela equipe econômica.

Uma parte é de "dinheiro novo", que "brotou" para o País fazer frente à pandemia (cerca de 2/3), e a outra parte veio de remanejamentos de verbas já programadas no orçamento de 2020 (1/3).

Com mais de 25 mil mortes registradas oficialmente no País em decorrência do vírus, de quase meio milhão de pessoas infectadas e do drama vivido por suas famílias, qualquer quantia parece insuficiente. Os recursos liberado pelo governo para a saúde equivale a quase duas vezes o gasto anual com o bolsa - família, de R$ 30 bilhões.

"Estamos acima da média (de gastos) praticada pelos países avançados (na pandemia)", afirma o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues. "Não estamos numa concorrência de quem gasta mais. Mas precisamos considerar o estado social do Brasil, com um número muito alto de vulneráveis."

O Ministério da Saúde recebeu o grosso dos recursos suplementares. Segundo o levantamento, foram R$ 36,8 bilhões até o momento, já com o repasse da verba de R$ 2,3 bilhões reservada ao censo, adiado para 2021. A maior parcela - R$ 28,4 bilhões - foi para o Fundo Nacional de Saúde, e distribuídos a Estados e municípios, de acordo com o que consta nas Medidas Provisórias editadas pelo governo para a liberação.

Burocracia de Brasília

Como o da Defesa alguns ministérios conseguiram fazer a "roda" girar, empenhando mais de 70% da verba que lhes coube. Outros, como o da Ciência e Tecnologia, empenharam apenas 14,5% do que receberam e ainda não fizeram nenhum pagamento efetivo, conforme os dados oficiais.

"Estamos com 34 mil militares envolvidos na Operação Covid-19", afirma o Almirante Carlos Chagas, porta-voz do Ministério da Defesa. "É a maior mobilização simultânea da tropa desde a Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) tinha 25.800 homens e a operação no Haiti, 37 mil, mas ao longo de 13 anos, com um máximo de mil homens ao mesmo tempo a cada semestre."

Com informações do site Terra

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