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CORONAVÍRUS

Covid-19: farmacêutica trabalha em versão inalável de antiviral em teste

Inovação, a Gilead Sciencis está aprimorando versões mais fáceis de administrar do tratamento antiviral Remdesivir para Covid-19, que podem ser usadas fora dia ambiente hospitalar, incluindo por meio de inalação, depois que testes demostraram a eficiência moderada do medicamento administrado por infusão.

Em pacientes gravemente afetados, a Roche e a Eli Lilly estão testando drogas em combinação com o Remdesivir. A Gilead também está tentando tratar o vírus mais cedo. Outros antivirais, como o comprimido de influenza Tamiflu, funcionam melhor quando administrado o mais cedo possível depois que alguém é infectado.

A Gilead declarou em comunicado na segunda-feira (1), que está buscando maneiras de usar o Remdesivir mais cedo no curso da doença, inclusive por meio de formulações alternativas. A empresa confirmou em um email enviado a agência Reuters que está pesquisando uma versão por meio de inalação, mas não deu detalhes.

Executivos da empresa, como o diretor médico Merdad Parsey e o vice- presidente financeiro Andrew Dickinson, vêm fazendo entrevistas com analistas de Wall Street nas últimas semanas para discutir os planos, que estão em estágios iniciais.

Eles disseram que, a longo prazo, a empresa está explorando uma formulação de injeções subcutâneas de Remdesivir, bem como versões de pó seco a serem inalados. O medicamento não pode ser administrado como pílula, pois possuí uma composição química que se degradaria no fígado, e a formulação intravenosa é usada apenas em hospitais.

A curto prazo, a Gilead está estudando como sua formulação intravenosa existente de Remdesivir pode ser diluída para uso como nebulizador. "A idéia é que um nebulizador tornaria o Remdesivir mais diretamente disponível para as vias aéreas superiores e o tecido pulmonar, já que o coronavírus é conhecido por atacar os pulmões. Também permitiria o tratamento precoce de pacientes com coronavírus que não são hospitalizados. Na segunda-feira, a Gilead relatou resultados de testes mostrando que o Remdesivir intravenoso proporcionou um benefício modesto em comparação ao tratamento padrão.

Antiviral

O medicamento Remdesivir, desenvolvido pela farmacêutica Gilead, é um remédio experimental, não foi aprovado para tratar nenhuma doença até agora e não está disponível para compra no Brasil. O medicamento foi originalmente pensado para tratar hepatite, mas não funcionou, também foi testado para o Ebola, sem resultados promissores, como reportou o jornal americano "The New York Times".

O primeiro estudo publicado em 22 de maio na revista científica The New England Journal of Medicine, apontou que o medicamento melhora o tempo de recuperação de pacientes de Covid-19 hospitalizados e com infecção do trato respiratório inferior.

Os dados continham uma análise preliminar de um ensaio clínico feito com 1.063 pacientes em 10 países ( Estados Unidos, Dinamarca, Reino Unido, Grécia, Alemanha, Coréia do Sul, México, Espanha, Japão e Singapura). A pesquisa foi patrocinada por Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos EUA.

As pessoas foram divididas em dois grupos, cerca de metade delas recebeu Remdesivir e a outra metade um placebo. Os resultados apontam que, entre os que se recuperaram, aqueles que tomaram o Remdesivir tiveram um tempo médio de recuperação de 11 dias, comparados com os 15 dias necessários para os que não receberam o tratamento.

"As pessoas esperam ansiosamente uma formulação para inalação a tempo", mas o desenvolvimento está nos estágios iniciais, disse Michael Yee, analista da Jefferies, acrescentando que a demanda pode ser limitada, pois muitas pessoas infectadas pelo vírus requerem tratamento mínimo. Yee, afirmou que a Gilead está aumentando sua capacidade de fornecer Remdesivir e começou a conversar com o governo de todo o mundo sobre preços comerciais.

*Com informações do G1

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