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CORONAVÍRUS

Pesquisa aponta que surto de coronavírus no Brasil deve durar até dezembro

Uma pesquisa realizada pelo laboratório de inovação de dados da Universidade de Singapura, atualizada no dia 2 de maio, apontou que no Brasil o surto de contaminações por Covid-19 deve acabar no final de dezembro, após o Natal. A previsão é de que em 29 de dezembro o país já esteja livre de novos casos de infecção.

Os pesquisadores fizeram a coleta de dados em pessoas contaminadas, suscetíveis e recuperadas da doença. O vírus se comporta de forma diferente em cada país e no Brasil, a epidemia que cresce com ritmo acelerado possivelmente chegará ao fim em dezembro.

Há, no entanto, um alerta por parte dos realizadores do levantamento para que as medidas de prevenção não sejam descartas ou afrouxadas. De acordo com publicação do Uol, a previsão já sofreu outras alterações, a última delas era para 29 de outubro, mas como em 28 de abril houve aumento acentuado no número de casos, a previsão de fim foi adiada.

A margem de erro das projeções feitas até o momento pode chegar a um ano, e com isso a previsão mundial de que o fim chegue até 31 de dezembro, pode se estender até 2021. Segundo o estudo a conduta dos governos e das pessoas pode alterar os resultados.

O infectologista especializado, Natanael Adiwardana explica que o estudo é hipotético e baseado em dados que recebem das fontes, “é uma prospecção que muda diariamente”, afirmou em entrevista ao Uol e acrescentou que é também uma forma de avaliar o potencial impacto da doença na sociedade.

"Se a população aumentar a taxa de distanciamento social e a gente conseguir controlar a taxa de multiplicação da doença e contaminação, pode ser que o pico acabe sendo muito menor”, argumenta o infectologista e alerta “se, pelo contrário, todo mundo abrir mão do distanciamento social, a previsão pode ser, inclusive, menos pior do que o que a realidade vai ser”.

Ciclos diferentes

Para Fredi Alexander Quijano, professor associado de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, há incompatibilidade entre os gráficos e a realidade, "houve generalizações para todos os países o que seria um erro. Muito complicado predizer o momento da queda de casos” e justificou que existem problemas e demoras na identificação e reporte dos casos.

O professor defende que existem poucas doenças erradicadas, mesmo com a existência de vacinas. Para ele, teremos que aprender a conviver com o vírus e prevenir a transmissão assim como em outros casos já ocorridos, como com o vírus H1N1, "já estamos aprendendo ou teremos que aprender a conviver com esse risco de doenças respiratórias”, aponta.

Atualmente o país registra 147 mil casos confirmados de coronavírus e mais de 10 mil mortes pela doença.

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