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CORONAVÍRUS

Vacina contra o coronavírus será testada em humanos na China

O governo chinês deu carta branca para os cientistas da Academia de Ciências Médicas Militares da China, ligada ao exército, iniciarem testes seguros em humanos de uma vacina experimental afim de desenvolver uma imunização contra o Covid-19.

A informação foi dada ontem (17) através do "Diário do Povo", jornal do Partido Comunista chinês, citado pela agência de notícias Reuters.

Nos EUA, cientistas já realizam o primeiro teste da vacina contra o coronavírus em seres humanos. Voluntários de Seattle, um dos estados mais atingidos pelo Covid-19 no país, já começaram a ser imunizados, segundo autoridades de saúde americanas, na segunda-feira (16).

A norte-americana Jennifer Haller, a primeira pessoa a testar a vacina, disse à rede de notícias MSNBC que tem sua temperatura medida muitas vezes por dia e que é acompanhada por uma equipe médica frequentemente.

Jennifer Haller foi a primeira pessoa no mundo a receber uma versão teste de vacina contra a Covid-19 — Foto: Ted S. Warren/

"Há grandes chances de que eu esteja envolvida na descoberta da vacina, mas ainda que não seja dessa vez, pelo menos estou contribuindo como parte do processo de descoberta", disse Haller.

A gerente de operações Haller recebeu liberação do trabalho para participar do estudo, do qual ela tomou conhecimento a partir de uma postagem do Facebook.

“Todos nos sentimos tão impotentes. Esta é uma oportunidade incrível para eu fazer algo ", disse Jennifer Haller, uma das voluntárias a receber as vacinas.

O segundo voluntário a ser testado foi o engenheiro de redes, Neal Browning. Segundo seu depoimento à agência Associated Press, ele decidiu ser testado por causa de suas filhas pequenas, que disseram estar orgulhosas do pai.

O engenheiro Neal Browning é um dos primeiros a ser testado com a vacina contra o coronavírus — Foto: Ted S. Warren/AP

O Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) informou que o teste faz parte de um estudo que vai acompanhar 45 voluntários adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, e deve durar ao menos seis semanas.

De acordo com a agência France Presse, todo o processo de criação da vacina deve durar entre 1 ano a 18 meses, isso porque serão necessários mais testes. Neste momento, os pesquisadores querem saber qual é o impacto de diferentes doses administradas por injeção e quais são seus efeitos colaterais.

Trabalho em equipe

A vacina americana foi desenvolvida por cientistas e colabores do NIH, junto à empresa de biotecnologia Moderna, com sede em Cambridge, Massachusetts. A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), com sede em Oslo, Noruega, também direcionou fundos para o desenvolvimento da medicação.

"Encontrar uma vacina segura e eficaz para prevenir a infecção de Sars-CoV-2 é uma prioridade para a saúde pública" – Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.

No momento ainda não existem vacinas ou tratamentos aprovados para a Covid-19, que infectou mais de 175.000 pessoas em todo o mundo desde que surgiu na cidade chinesa de Wuham (centro), no final de dezembro.

O mundo farmacêutico compete para desenvolver tratamentos e vacinas para o novo coronavírus. Um exemplo é o tratamento antiviral chamado remdesivir, criado pela American Gilead Sciences, que teve seus testes clínicos na Ásia e demonstrou ser eficaz no combate à doença.

Contudo, os resultados ainda não permitem aos cientistas saber se é realmente eficaz ou se os pacientes se recuperariam sem ele.

Outra empresa americana, a Inovio, está desenvolvendo uma vacina baseada em DNA e comunicou que iniciará testes clínicos no próximo mês.

*Com informações do G1

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