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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (29) que pensa em assinar decreto para liberar trabalhadores de diversos setores para voltarem a trabalhar.
Governadores estão indignados com a atitude do Presidente, que neste domingo contrariou o Ministério da Saúde e andou por Brasilia cumprimentando apoiadores.
Em reunião com governadores do Nordeste em um grupo de whatsApp, o presidente disse que continua pensando em medidas que vão contra a saúde da população, ao invés de tomar a frente e adotar medidas contra o avanço do coronavírus.
''Ele tem que parar de fazer política, parar de fazer intriga e assumir a função que a maioria do povo lhe deu de Presidente da República. Cabe o governo federal liderar esse processo e não ficar alimentando crise'', afimou o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Costa disse que os Estados vão continua acionando a justiça caso alguma medida do governo ponha em risco a população.
''Não vamos permitir'', afirmou. ''O que os governadores querem é que o Presidente assuma suas responsabilidades de coordenar as ações de saúde pública para salvar vidas humanas.''
O governador do Pará Helder Barbalho (MDB) também afirmou, ''aqui não vamos recuar. Se for preciso vamos até a justiça.''
''Parece que todos nós estamos vivendo um grande pesadelo e o Presidente brincando'', conclui.
Outros dois governadores também adotaram a mesma medida. Paulo Câmera (PSB), de Pernambuco, disse ser totalmente contra, a medida estudada pelo presidente. O governador do Espirito Santo Renato Casagrande (PSB) também criticou.
''Que ele assuma as responsabilidades'', disse sobre a possibilidade de agravar a pandemia no país.
O governador do Rio Wilson Wiltzel (PCS), também foi contra as declarações do presidente. ''Amanha, segunda -feira, 30 de março, assino decreto renovando as medidas restritivas. Essa decisão é baseada na avaliação da OMS e das autoridades sanitárias.'' Não desafie o coronavírus, não siga atitudes impensadas e descoladas da realidade'', disse em postagens nas redes sociais.
Olha o que aconteceu nos países nos quais as pessoas não acreditaram nas consequências desse vírus. Não se oriente por ações irresponsáveis de quem quer que seja. Mantenha- se em casa. Os fluminenses podem ter certeza que vamos juntos vencer essa doença'', disse.
Bolsonaro disse ao chegar no palácio da Alvorada, após circular por Brasilia, que estuda um novo decreto.
''Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, de baixar um decreto amanhã: toda e qualquer profissão legalmente existente ou aquela que é voltada para a informalidade, se for necessário levar sustento para os seus filhos, para levar leite para os seus filhos, para levar arroz e feijão para casa, vai poder trabalhar. ''afirmou.
Com informações da Folha de São Paulo
