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Entenda como o bullying pode levar a casos extremos

O que difere Bullying de uma brincadeira inocente entre crianças? Bullying é um termo da língua inglesa (bully, em tradução: “valentão”) e se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente.

Essas atitudes são exercidas por um ou mais indivíduos e causam dor e angústia, intimidam e agredem outra pessoa que não tem a possibilidade ou capacidade de se defender. Ou seja, é uma relação desigual de forças ou poder.

"Bullying é uma humilhação. Causa sofrimento, principalmente porque é também uma opressão, é uma violência", afirma Maurício Valadão, mestre e doutorando em psicologia.

O bullying pode ocorrer em vários locais, mas normalmente são nas escolas que a situação é mais comum. Neste espaço, quando não há uma intervenção o ambiente fica contaminado e os alunos são afetados por sentimentos de medo e ansiedade.

"Neste caso deve haver supervisão direta dos professores e coordenadores. Ou seja, a escola deve supervisionar os alunos por intermédio dos professores para evitar este tipo de situação. Pois além provocar déficit de aprendizagem nas crianças, humilhação difamatória, pode causar suicídio e em outros casos este tipo de situação extrema" acrescenta Maurício.

De acordo com ele, a escola tem papel fundamental nesse intermédio, para não se tornar testemunha de uma tragédia. "Se a escola não fizer nada, será plateia ativa, porque não tomou partido da coisa. Não protegeu" diz.

O bullying pode se manifestar de diversas formas, como agressões físicas ou mesmo com os famosos apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. No caso da Escola Goyases, em Goiânia, o adolescente que atirou nos colegas com a arma do pai, era chamado, de acordo com testemunhas, de fedorento por outros alunos.

"Neste caso, a escola deve incentivar a solidariedade, cooperação, fortalecer o relacionamento entre os alunos. Deve falar com pais, mães e conscientizar sobre a agressão, sobre o tanto que é nociva. Também deve criar regras disciplinares e conversar com os alunos sobre o assunto", considera Valadão.

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