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Ex-alunas denunciam professor de universidade por assédio sexual e moral

Casos de assédio dentro da instituição vêm à tona após denúncia de estudante e mobilizam ex-graduandas em busca de justiça

Uma das mulheres que afirmam ser vítima de professor da UEG (Wesley Costa) Uma das mulheres que afirmam ser vítima de professor da UEG (Wesley Costa)

Um grupo de ex-alunas dos cursos de graduação em Química e Farmácia da Universidade Estadual de Goiás (UEG) está denunciando um professor efetivo por assédio sexual e moral. Os relatos, que ocorreram no Campus Henrique Santillo, em Anápolis, vieram à tona após uma estudante formalizar uma denúncia na Ouvidoria da instituição e na Polícia Civil. Desde então, outras quatro mulheres registraram ocorrências semelhantes. Até o momento, foram reunidas ao menos 18 vítimas.

Os casos de assédio sexual e moral teriam ocorrido dentro de sala de aula, laboratórios de pesquisa, corredores e outras áreas da universidade. Os relatos das ex-alunas são consistentes, com várias alunas afirmando terem sido assediadas pelo professor Antônio Carlos Severo Menezes, tanto durante as aulas de Química Orgânica quanto nos laboratórios de pesquisa, onde ele era o coordenador. Algumas alunas relataram terem sido humilhadas em frente à turma por conta de notas baixas, enquanto outras afirmaram terem sido alvo de investidas sexuais e comentários inapropriados.

Uma das ex-alunas relatou que desde que ingressou na universidade, em 2000, todos passaram por assédio moral. Ela afirma que várias denúncias foram feitas na ouvidoria, mas que nenhuma delas resultou em ação efetiva. Outra ex-aluna mencionou que o professor se vangloriava de que sua disciplina era dificílima e que a reprovação na matéria era comum, o que o tornava o único professor a ministrá-la. Ela também afirmou que a Reitoria e a Ouvidoria tinham conhecimento dos casos, mas nada foi feito.

Após a nova exposição dos casos, as ex-graduandas e uma docente da UEG se mobilizaram em um grupo para comunicar sobre as ações a serem tomadas.

A universidade emitiu uma nota afirmando que não tolera qualquer tipo de assédio e que está apurando a denúncia feita em junho. Foi aberta uma sindicância para investigar o caso, e caso o assédio seja comprovado, será aberto um processo administrativo disciplinar com penalidades que podem variar de suspensão até demissão.

A defesa do professor Antônio Carlos Severo Menezes negou veementemente as acusações, afirmando que são mentirosas e não estão baseadas em provas. Alega-se que as acusações são feitas por pessoas que possuem rancor contra o professor por não terem sido aprovadas ou se sentirem prejudicadas nas matérias que cursaram com ele.

As denúncias de assédio sexual e moral por parte do professor na Universidade Estadual de Goiás são graves e requerem uma investigação minuciosa. É fundamental que a universidade tome medidas efetivas para garantir a segurança e o bem-estar de seus alunos. Caso as denúncias sejam comprovadas, é necessário que haja punições adequadas para o professor, a fim de evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.

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