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Empresa nega riscos em região de área desmatada na Avenida 136

Em meio a controvérsias, grupo empreendedor afirma que construção não afetará o solo e nem causará alagamentos na região

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Moradores do Setor Sul e Marista estão preocupados com a derrubada das 86 árvores que ficavam em um terreno de 5 mil metros quadrados (m²) na Avenida 136, em Goiânia. Existe um projeto em estudo para a construção horizontal no local, lá, há a previsão de serviços de mercado, gastronomia e lazer.

A preocupação se dá pelo motivo de os moradores afirmarem que o local abriga a nascente do Córrego dos Buritis. E quando há fortes chuvas, há grandes alagamentos, como é o caso da Rua 87, que fica logo abaixo do Clube dos Oficiais. Outro ponto que sofre com as chuvas é a Avenida Assis Chateaubriand, nas adjacências do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) autorizou a derrubada das árvores, desde que haja a compensação ambiental que conte com a doação de mais de 3 mil mudas de árvores nativas do Cerrado para a agência.

O Plano Diretor de Goiânia define o local como Área de Ocupação Sustentável (AOS), onde é permitida a construção de comércio. Entretanto, a ocupação máxima deve der de 40%. Neste caso, o estacionamento deve ser considerado como área permeável a partir do momento em que permitir a infiltração da água, o que já foge dos 40%.

O Grupo IS Marista, proprietário do local, afirmou por meio de nota que "segundo a Agência Municipal de Meio Ambiente, AMMA, a área não é considerada como local da nascente do Córrego dos Buritis. Mas sim, existe uma nascente, mas esta está a uma distância de mais de 300 metros da área em questão, portanto, fica fora do local adquirido pelo Grupo empreendedor".

O diretor do Grupo IS Marista, Igor Sebba, alega que o empreendimento obedece a ocupação máxima de 40%.

"O grupo empreendedor, ciente das suas responsabilidades com a cidade e as pessoas, bem como com o cumprimento irrestrito à legislação vigente, vai desenvolver um projeto que seguirá as diretrizes de uso e ocupação do solo. Totalmente dentro da legalidade com o Plano Diretor vigente, bem como com os órgãos fiscalizadores e com a cidade", afirma.

Em relação à idealização e execução do projeto, o diretor afirma que "a área continuará tendo boa permeabilidade mesmo após a edificação por conta das tecnologias e processos que serão usados na construção o que vai contribuir para a qualidade de vida da região".

Perguntado sobre se a obra pode causar alagamentos na região, assim como acontece na Avenida 87 e na Avenida Assis Chateaubriand, Igor ressalta que de acordo com técnicos contratados, não existe essa possibilidade.

"Estamos atentos a essas questões e garantimos que o impacto provocado pelo empreendimento naquela área será zero no que se refere aos alagamentos. Nossa área representa uma porção muito pequena de toda região, mas mesmo assim, o tipo de obra que será realizada terá suas bases ancoradas na sustentabilidade", diz.

Segundo ele, as obras não causarão danos no solo, pois "uma edificação de uso sustentável consegue superar em eficiência especialmente quando há um grande volume de precipitação além disso não haverá rebaixamento de lençol freático".

Por fim, ele afirmou que em relação ao sistema de drenagem, "estão atentos a essa questão e voltam a afirmar que será uma edificação sustentável com bom índice de permeabilidade do solo e sistema para que não ocorram futuros problemas na região".

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