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Cabo do Corpo de Bombeiros de Goiás é denunciado por abuso sexual

Um cabo do Corpo de Bombeiros de Goiás passou a ser investigado pela corregedoria militar, após um soldado denunciar abusos sexuais praticados pelo seu superior herárquico. Os crimes teriam sido praticados dentro do 8º Batalhão dos Bombeiros Militares, em Goiânia. O caso também será apurado pelo Ministério Publico de Goiás (MP-GO).

Os abusos, segundo o soldado, começaram em setembro de 2019, em seu primeiro dia de serviço no 8° BBM. Na ocasião relatada por ele, o cabo teria feito o que chamava de "batismo de chegada", que na prática foi retirar as calças da vítima e morder suas nádegas. Os relatos estão presentes em um memorando interno do último 10 de dezembro.

De acordo com a vítima, os abusos ocorreram até março deste ano. Eles só teriam cessado por conta da pandemia do coronavírus (SARS-CoV2), que acabou mudando os plantões dos Bombeiros. Assim, vítima e assediador passaram a trabalhar em horários diferentes. No entanto, com a retomada do efetivo de militares no dia 7 de dezembro, os abusos teriam voltado a ocorrer.

Entre as opressões verbais que sofria, o cabo teria se referido ao soldado com as seguintes frases: “vou te estuprar”, “meu sonho é te comer”, “vou tirar sua virgindade de trás” e “vou gozar nesses seus óculos”. Parte das agressões foram registradas em áudios, anexados na denúncia, que é considerada sigilosa.

O soldado ainda narra, que os assédios voltaram com ainda mais força em dezembro, quando teve de retornar a conviver com o cabo. O assediador teria espalhado imagens das redes sociais da vítima com outros militares e afirmações como: “magrelo sem camisa” e “me masturbo todo dia olhando suas fotos e vídeos”.

A situação foi o estopim para a vítima. “Daí então eu decidi que não aceitaria mais isso e que denunciaria para que isso não se repetisse mais comigo e nem com meus outros colegas que já foram constrangidos pelo mesmo, mas nunca fizeram nada”, diz o soldado em trecho do memorando.

O cabo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) denunciado por assédio moral e sexual foi afastado das funções pela corporação. Foram abertos um Inquérito Policial Militar (IPM), para apurar indícios de crime militar, e um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), por haver indícios de transgressão disciplinar.

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