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Pai é condenado a quase 19 anos de prisão pela morte da filha, em Goianésia

Marcelo Rodrigues Machado, 29 anos, entregador, foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão, por assassinar a filha de 1 ano, à época, Emilly Beatriz Rodrigues de Jesus, com um tiro na cabeça, em Goianésia, distante 170 km da capital.

O crime ocorreu em 7 de abril de 2017, após os pais discutirem em razão de preparativos para o aniversário da menina, que seria comemorado no dia seguinte.

Marcelo foi julgado pelo Tribunal do Júri e condenado na quarta-feira (11). O advogado do réu, Oneidson Filho de Jesus, afirmou que já entrou com recurso na Justiça, pedindo a redução da pena imposta. Para ele, à época da investigação, não foram autorizados os exames solicitados pela defesa.

"Ele padece de um mal que levou a esse desfecho. Pedimos a exumação do corpo e uma perícia cerebral para saber sobre os transtornos mentais dele. Ele toma anticonvulsivos, tem lapsos de memória, visões, ouve vozes", justificou o advogado.

Marcelo foi detido no dia seguinte a morte da filha. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio Zenaide Maia, a menina chegou a ser resgatada com vida, levada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, passou por cirurgia, mas não resistiu.

Mesmo anos depois, o delegado considerou que se lembra muito bem do caso, que a história o marcou. "Era uma sexta-feira. Ele e a mãe da menina discutiram por causa dos preparos da festa de aniversário dela, ele pegou a filha e levou para o canavial [...] Ela foi socorrida, passou por cirurgia, mas morreu na madrugada de sábado. Por volta do meio dia que ele se apresentou com advogado e confessou".

Conforme o investigador, as primeiras versões apresentadas pelo pai foram muito contraditórias e não batiam com as evidências encontradas no local.

"A princípio, ele acionou a Policia Militar dizendo que a filha tinha sido sequestrada e levada para o canavial. Os políciais correram, cercaram o local e pouco depois o pai apareceu com a menininha nos braços, ensanguentada", explicou o delegado.

O delegado ainda destacou que nenhuma comprovação encontrada no local confirmava a versão do pai, de que haveriam sequestradores. Ao confessar, o homem disse que obedeceu a vozes que ouvia no momento e que pretendia se matar em seguida, mas que não conseguiu.

Também segundo a versão obtida pela Polícia Civil (PC-GO), o condenado confirmou que atirou na menina, foi chamar a polícia, voltou ao local em que ela estava e notou que a menina ainda estava viva, foi quando se arrependeu e a levou para ser socorrida.

De acordo com o site G1, a arma do crime nunca foi encontrada, mas, com o depoimento do pai, foi usado um revólver calibre 22.

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