Home / Cidades

CIDADES

Homem suspeito de ter atropelado e matado ciclista em SP é indiciado por homicídio

O microempresário José Maria da Costa Júnior, 33, principal suspeito pela morte da ciclista Marina Kohler Harkot, de 28 anos, na madrugada do último domingo (8), foi indiciado por homicídio culposo e por fugir do local do acidente, que aconteceu na zona oeste de São Paulo.

Ontem o suspeito foi ouvido durante três horas pela 14° do DP (Distrito Polícia), em Pinheiros. De acordo com o delegado Flávio Teixaira, ele resguadou o direito de permanecer em silêncio. Costa Júnior saiu pela porta da frente do DP acompanhado de advogados.

A polícia Civil havia pedido a prisão preventiva de Júnior, mas mas há um entrave jurídico: como estamos em semana eleitoral, em tese, prisões só podem ser feitas em flagrante, o que significa que, caso os suspeito tivesse se entregado após o acidente, provavelmente ele estaria preso nesse momento.

Para a TV Globo, o advogado do suspeito, José Miguel da Silva Júnior, justificou que seu cliente só não parou para prestar socorro porque entrou em pânico com o acontecimento. "Ele perdeu ali, vamos dizer, a razão, ficou completamente num estado de tensão muito forte e decidiu sair do local", afirmou.

Mas, para a polícia o suspeito assumiu o risco de matar a ciclista ao não prestar socorro. A cicloativista, Marina Kohler, não resistiu aos ferimentos. Ele foi localizado após uma polícial militar, que estava de folga, repassar à polícia os dados do veículo: um Hyndai Tucson prata com a placa da cidade de Inconfidentes (MG).

Hoje, a Globo News divulgou imagens em que o motorista está sorrindo no prédio onde morava após ter supostamente atropelado a ciclista. Segundo a polícia, uma das hipóteses é que o empresário estaria bêbado no momento do acidente.

Além dele, a polícia também procura por uma mulher que esteve com ele na noite do último domingo. Com isso, a Polícia Civil, acredita que ela possa dar mais informações sobre o estado embriaguez de Costa Júnior e tambem suas ações após o acidente.

Ativista, feminista e pesquisadora de mobilidade urbana

Além de cicloativista a pelo menos oito anos, Marina também era cientista social pela Universidade de São Paulo (USP), ativista feminista e pesquisadora de mobilidade urbana.

Em 2018, ela concluiu seu mestrado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP) com uma dissertação de título: "A bicicleta e as mulheres: mobilidade ativa, gênero e desigualdades socioterritoriais em São Paulo".

Ela também era pesquisadora LabCidade (Laboratórios do Espaço Público e Direito à Cidade), e tinha em curso uma pesquisa de doutorado, ligados à FAU. Nessa última ela estudava a segregação socioterritorial a partir da abordagem de gênero, raça e sexualidade.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias