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Goiano que agrediu a namorada na Irlanda diz que saiu do país após ameaças de morte, mas nega estar foragido

O goiano José Augusto Júnior, que confessou ter agredido a namorada na Irlanda, disse que foi para um país vizinho após sofrer ameaças de morte, mas que não está foragido. O suspeito afirmou que vai se apresentar à Justiça com um advogado. As agressões teriam acontecido após ele ler as mensagens da namorada e ficar com ciúme.

A jovem, Júlia Freitas, de 19 anos, mora em Dublin, mas no último sábado (31), ela foi visitar o namorado em Navan, a 54 km de distância. Para o G1, Júlia contou que no momento das agressões ela estava dormindo quando começou a ser espancada.

"Ele viu umas mensagens antigas no meu celular, que não vinham ao caso porque são de quando a gente não estava junto. Acordei e, quando olhei, ele estava sentado em cima do meu peito, com os joelhos nos meus braços. Ele me imobilizou e, como não tive condições de me mexer, começou a me bater demais. Implorei para ele parar e não me matar, mas ele dizia que ia me matar", contou.

Já o namorado da jovem, José Augusto, que tem 28 anos e é natural de Anápolis, a 55 km de Goiânia, disse que saiu da Irlanda após sofrer ameaças. “Eu me apresentei, não tinha queixa, eu fiquei em aguardo. No outro dia, prestaram queixa, só que eu já não estava mais em Navan, porque eu sofri diversas ameaças de morte" disse.

O goiano ainda nega que esteja foragido da justiça do país. "Não estou escondido. Assim que eu puder, vou à Irlanda me apresentar. Estou esperando meu advogado e, quando ele achar que for o momento correto, vou me apresentar e me colocar à disposição da Justiça da Irlanda”, prosseguiu.

José Augusto também nega que tenha tentado matar a namorada e diz que pretende pagar pelo crime. “Não foi uma tentativa de homicídio. Foi uma agressão e uma agressão grave, então eu mereço pagar sim. Eu não tenho muito o que falar, porque é injustificável. Se eu falar o motivo [da agressão], vai expor ainda mais a menina, e ela está sofrendo demais. Eu tenho consciência do meu erro, assumo ele, por mais que eu tenha motivo, isso não justifica. Só quero pagar pelo meu erro”, disse.

Por nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "caso é da maior gravidade e está sendo apurado no âmbito policial e da Justiça pelas autoridades irlandesas".

A Embaixada do Brasil em Dublin, informou também em nota, que está prestando assistência consular à jovem, como orientação e apoio. Conforme a Embaixada, a denúncia foi apresentada à polícia irlandesa, onde as investigações devem ser levadas a diante. Ainda segundo o comunicado, também existe a possibilidade de a Júlia acionar a delegacia da mulher no Brasil.

"Desmaiei duas vezes durante as agressões" disse a jovem

Júlia Freitas disse que teve de se esconder em um celeiro e que só se livrou das agressões porque alguns amigos estavam na casa.

"Ouviram meus gemidos e bateram na porta para ver se estava tudo bem. Eles se deparam com a minha boca cheia de sangue e meu rosto ensanguentado, ele não parava de me bater. Desmaiei duas vezes durante as agressões. Estava de vestido. Estava mais ou menos uns 2 graus, era de madrugada. Saí correndo e me escondi em um celeiro perto da casa dele", desabafou.

Após ser encontrada pelos amigos no celeiro, a jovem diz que eles a levaram para um hospital para receber atendimento médico. Apesar de tudo, Júlia diz que está se recuperando.

*Com informações do G1.

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