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Nesta quarta-feira (28) o empresário Paulo Cupertino Matias, acusado de matar a tiros o ator Rafael Miguel e os pais dele em junho de 2019 em São Paulo, foi preso no norte do Paraná. O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo confirmou a informação, mas não divulgou o nome da cidade em que o acusado estava. Cupertino estava foragido há um ano e quatro meses.
A Polícia Civil descobriu na segunda-feira (26), que o empresário fez uma identidade com uma certidão de nascimento falsa em Jataizinho, no norte do Paraná. Ele usava o nome falso de "Manoel Machado da Silva" para não ser descoberto.
No dia que fez o pedido de nova identidade, Cupertino usou um endereço de Ibiporã, cidade que fica a oito quilômetros de distância de Jataizinho. Além do nome falso, a certidão também constava nomes diferentes dos pais dele e teria como origem a comarca de Rio Brilhante, que fica em Mato Grosso do Sul. Os dois documentos foram cancelados.
Ator Rafael Miguel foi morto junto com seus pais em junho do ano passado
O crime aconteceu na Zona Sul de São Paulo em junho de 2019. Paulo Cupertino é acusado de atirar 13 vezes em Rafael Miguel e em seus pais, o casal João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50. O assassino não aceitava o relacionamento de sua filha com o ator.
Em 19 de junho de 2020, a Justiça converteu o mandado de prisão temporária dele em preventiva. Na época Cupertino fugiu após cometer o crime. Desde julho deste ano, ele estava na lista dos criminosos mais procurados pela polícia de SP.
‘Dano é irreparável’, diz namorada de Rafael Miguel um ano após assassinato do ator e família. A própria filha do criminoso vinha cobrando justiça pelo caso. “Não sei em que pé andam as investigações pois passaram-se meses e pararam de me informar, o que me levou a pensar que o caso foi deixado de lado, esquecido”, disse ela em entrevista para o G1.
A identidade falsa do acusado foi descoberta quando em agosto deste ano, o Instituto de Identificação paranaense recebeu a informação da Polícia Civil de São Paulo que Cupertino poderia ter feito uma identidade em algum estado vizinho. Assim que as digitais foram enviadas de São Paulo para o Paraná e passaram por uma análise o instituto encontrou a identidade falsa.
