Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Na última quarta-feira (30) o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou o servidor público Danilo de Araújo, de 35 anos, por maus-tratos e morte de uma cachorra da raça yorkshire, que pertencia a namorada dele. A pena é de seis meses de prisão.
A decisão está em segunda instância e o servidor público ainda terá que pagar R$ 5 mil por danos morais e R$ 2.250 por danos materiais. Em 2018, ele agrediu o animal com socos e chutes.
Na época das agressões Danilo trabalhava na Secretaria da Criança do DF e morava com Kenia Waleska Mundim, dona da yorkshire Diva, de cinco anos. Segundo a mulher durante uma discussão entre o casal, ele espancou a cachorra que "foi arremessada diversas vezes no chão e contra a parede".
As câmeras de segurança do condomínio em que eles moravam, em Brasília, registraram as agressões. Danilo de Araújo foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por violência doméstica e crime de maus-tratos a animais.
Na decisão da desembargadora Nilsoni de Freitas Custódia, aponta que "conforme consta da necropsia, o animal apresentava severos traumas tais como: hematomas, extensa hemorragia no membro pélvico esquerdo e nos músculos do quadríceps femoral e tibial cranial, 53 mililitros de sangue na cavidade abdominal, coágulo recobrindo as serosas viscerais, baço retraído e fratura completa transversal do púbis".
A magistrada ainda afirma que "A versão do réu de que poderia ter pisado na cachorra no momento da discussão, não se mostra compatível com as lesões sofridas pelo animal", explicou.
A advogada Ana Paula Vasconcelos, que atuou na defesa de Kenia disse que a condenação é importante na luta contra os maus-tratos animais, e também no combate à violência doméstica. "Isso comprova a ligação entre a violência contra pessoas e os maus-tratos a animais", diz ela.
