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Rede estadual de Goiás é primeiro lugar no Ideb do Brasil e único a bater meta

Goiás atingiu a maior nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na avaliação do ensino médio, em todo o Brasil, com 4,8. Também se tornou a única unidade da Federação a bater a meta individual estipulada para o ano de 2019. Além disso, o patamar alcançado foi superior ao registrado nacionalmente, de 4,2.

“Parabéns a Fátima Gavioli, do Estado de Goiás, pelo belíssimo resultado deste ano”, afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, durante a apresentação dos dados, realizada nesta terça-feira (15/09). A titular da Secretaria de Estado da Educação acompanhou a solenidade, em Brasília.

Os dados referentes a 2019 levaram em conta a matrícula de 7,5 milhões alunos em 28,8 mil escolas de todo o Brasil. O Ideb, criado a partir de decreto federal em 2007, é divulgado a cada dois anos. Trata-se de um monitoramento da qualidade do sistema de educação no país, que relaciona o desempenho dos estudantes em avaliações externas de larga escala com dados de fluxo escolar. A última apresentação do Ideb será em 2022, com informações que serão coletadas no ano que vem. O governo federal trabalha para a implantação de uma nova metodologia a partir de então.

Em relação ao Ideb do ensino médio, Goiás puxa a lista dos que apresentaram melhor desempenho, superando, inclusive, estados do Sul e Sudeste, como Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Quando se analisam apenas os dados da rede pública goiana, a nota é de 4,7, superior à meta estipulada de 4,4. Em Goiás, mais de 82% das matrículas do ensino médio são da rede estadual, de acordo com os dados de 2019.

Apesar de os anos iniciais e finais do ensino básico estarem majoritariamente sob a responsabilidade dos municípios, a divulgação do índice também mostrou que, no caso de Goiás, quanto maior a participação do Estado no sistema de educação, maior também a nota alcançada. Em relação aos últimos anos, 59,1% das matrículas de 2019 foram feitas em alguma unidade estadual. Neste quesito, as unidades da Seduc ficaram em terceiro lugar no Brasil, com nota de 5,3, apenas dois décimos a menos do que as de São Paulo, que despontou na lista. Vale lembrar que, neste extrato do estudo, Goiás bate a meta projetada pelo Ministério da Educação (MEC), de 5,3.

Já quando a pesquisa envolve os primeiros anos escolares, Goiás figura na sétima posição, com nota 6,2, também acima da previsão da máxima para o Estado, que era de 6,0. Neste contexto, a maior parte das matrículas, 77%, são da rede municipal, e, menos de 3%, do Estado. Os outros 20% referem-se às escolas privadas.

Para quem acompanha, rotineiramente, a participação do governador Ronaldo Caiado nos eventos da Seduc, não é surpresa vê-lo afirmar: “Apertem no ensino do português e da matemática desses meninos”. A partir do bom conhecimento dessas matérias, um mundo novo pode se abrir para os alunos, avalia.

Os dados do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás de 2019 (Saego) indicaram salto de qualidade na rede estadual em 2019, em relação a 2018, mediante comparação dos resultados dos estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, e da terceira série do ensino médio. Foi justamente no último ano dos alunos que foi verificado o maior crescimento: 7,6 pontos a mais em língua portuguesa, passando de 266,8 para 274,4; e 6,9 a mais em matemática, deixando a casa de 268,1 para alcançar 275 pontos.

Ideb
O indicador é composto por dois tipos de dados: aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em língua portuguesa e matemática.

O Ideb é calculado de modo a equilibrar aprovação e desempenho, então o peso de um afeta o outro. Ou seja, para atingir um bom Ideb, é preciso ter bons resultados tanto na aprendizagem (desempenho no Saeb) quanto nas taxas de aprovação.

O Saeb 2019 contou com a aplicação de testes para 7,6 milhões de estudantes matriculados em 291 mil turmas em todos os sistemas de ensino das cinco regiões brasileiras. Mais de 70 mil escolas públicas participaram do processo.

Liderança de Goiás no Ideb é reflexo de reestruturação do ensino

Rede pública vive nova fase com destaque para implantação de programas pedagógicos e investimentos na estrutura física das escolas. Mesmo em meio à pandemia, Seduc inovou na garantia do acesso ao ensino e na assistência social aos alunos, que possuem acesso a recursos para alimentação e terão kit uniforme grátis para quando retornarem aulas presenciais

Por trás dos números que consolidam Goiás na vanguarda nacional do ensino público estão inúmeras ações capitaneadas pelo governador Ronaldo Caiado, todas realizadas a partir do entendimento de que o ensino de qualidade é a base para o desenvolvimento do Estado. “Nosso objetivo é humanizar a educação, fazer com que as pessoas se sintam respeitadas”, define o governador durante as visitas que faz às escolas da rede.

Protagonistas no ensino, as disciplinas de português e matemática têm foco das atenções do governo estadual. Em live realizada na última sexta-feira (11/09) ao lado de Caiado, a secretária da Educação (Seduc), Fátima Gavioli, confirmou que foram implementadas mais aulas das duas disciplinas no currículo escolar de Goiás. “Elas surtiram efeito”, comentou. As notas do Ideb divulgadas nesta terça-feira respaldam a estratégia.

Outro componente importante nesse processo é a consolidação de parcerias para realização de uma série de projetos, como Plataforma do Saber, voltada aos alunos do ensino fundamental; incentivo à leitura de clássicos da filosofia, a partir de uma ação com o professor Clóvis de Barros; mapeamento do trabalho da educação integral em Goiás, via Instituto Sonho Grande; e cursos voltados ao desenvolvimento socioemocional dos profissionais da educação, oferecido pelo Instituto Viveser.

No próprio âmbito estadual, as parcerias surgem como um instrumento de sucesso. É o que tem ocorrido na relação entre Seduc e TV Brasil Central, que viabiliza a veiculação do programa Goiás Bem no Enem – uma série de aulas voltadas aos estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais recentemente, está o GoiásTec, que usa a tecnologia para garantir Educação nos lugares mais remotos. Já o Seduc em Ação fornece videoaulas para os ensinos fundamental e médio.

Estrutura
A titular da Seduc, Fátima Gavioli, lembra que quando assumiu a pasta, em janeiro do ano passado, uma das primeiras missões que recebeu de Caiado foi a de “garantir que todas as escolas estaduais recebam melhoria na infraestrutura”. De lá pra cá, os investimentos anunciados já ultrapassam a marca de R$ 114 milhões, em benefício de mais de 530 mil alunos. É ainda a garantia do fim das escolas de placa.

Só neste ano, o Governo de Goiás investiu R$ 85 milhões para reformas médias e ampliações, atendendo a mais de 221 unidades, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PPDE). Já o Programa Reformar possibilitou obras de pintura e reparos em 909 escolas, com investimentos de R$ 29 milhões. Foram liberados, ainda, R$ 15,7 milhões do Proescola para que as unidades realizassem pequenos reparos necessários à estrutura já existente.

Na área do mobiliário, somente este ano foram adquiridas mais de 40 mil carteiras escolares, cujo investimento foi de R$ 10,6 milhões. Mais do que zelar pela estrutura física da rede de ensino, o Governo de Goiás tem se preocupado em garantir igualdade entre os alunos no ambiente escolar. Por isso, este ano distribuiu 1 milhão de conjuntos de uniformes escolares, que foram adquiridos a R$ 25,6 milhões.

E mais: na última semana, Caiado anunciou que está em licitação a aquisição de mochilas, tênis, agendas e cadernos – um incremento a todos os estudantes previsto para o ano que vem. “A criança vai chegar bem vestida, será um convívio respeitoso entre todos os alunos. Lá não terá diferença de poder aquisitivo”, ressalta o governador.

Pandemia
A Seduc desenvolveu estratégias para atender as diferentes realidades dos estudantes e, desta forma, garantir a continuidade do ano letivo em meio à pandemia e às regras que evitam a aglomeração de pessoas. Além da implantação do regime de aulas não presenciais, são lecionados conteúdos via TV e rádio, a partir da parceria com a TBC e RBC. Já aos que não possuem acesso aos recursos tecnológicos, são distribuídas atividades impressas, utilizando o transporte escolar para levar o conteúdo aos estudantes.

Paralelo a isso, o Governo de Goiás dá atenção especial a um dos problemas historicamente mais recorrentes no âmbito do ensino público, que é a evasão escolar. Pensando em combater essa prática durante a pandemia, a Seduc implantou o Painel de Monitoramento, que controla a frequência dos estudantes em meio ao regime não presencial de aulas. Também desenvolveu uma ferramenta de envio de SMS para alertar os estudantes sobre as aulas remotas.

A merenda escolar, que para muitas famílias é o complemento da alimentação de seus filhos, igualmente teve destaque na pandemia. Para compensar a não distribuição do alimento, em virtude da suspensão das aulas presenciais, Caiado criou o Auxílio Alimentação, um programa que beneficiou quase de 110 mil alunos no primeiro semestre, com investimento de R$ 54 milhões. A iniciativa consiste em destinar parcelas em dinheiro às famílias dos estudantes que fazem parte do Bolsa Família.

Para o segundo semestre, a Seduc substituiu o auxílio pela entrega de kits de alimentação, abrangendo todos os estudantes da rede pública estadual de ensino. “Cuidar dos goianos é uma política pública desse governo”, disse Gavioli. A iniciativa é fruto de uma parceria entre os governos estadual e federal. Do Tesouro de Goiás saíram R$ 44 milhões, por meio do Fundo de Proteção Social do Estado (Protege), e dos cofres da União, outros R$ 38 milhões, via Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os recursos possibilitarão a entrega de 530 mil kits até o retorno das aulas presenciais.

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