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Dia Nacional dos Surdos Deficiência não impede vaga no mercado

O sarampo deixou a repositora Yonara Vargas Garcia, de 57 anos, sem conseguir ouvir ainda bebê. Mas não tirou dela a vontade de seguir em frente. Ela trabalha há dez anos na rede e é amiga de todos e bem exigente. Aprendeu a conversar com as mãos, por libras, e pelo olhar. Ela atua na loja Sol Nascente, em Goiânia (GO), e mesmo sem conseguir escutar nada se transformou em amiga de todos da loja.

Mesmo com algumas cirurgias, Yonara tem 0% de audição e, consequentemente, pouco fala. Mas isso não foi empecilho para ela ser uma cozinheira de mão cheia, além de saber costurar e fazer bordados. Todos ensinados pela mãe para todas as filhas. “Tudo que ensinei para as minhas outras quatro filhas, também repassei para a Yonara. Ela é meu orgulho. Não a solto por nada”, revela a mãe, Dona Maurícia, de 80 anos.

Outras deficiências

Já em Varginha, em Minas Gerais, Heber Thaly Cruz, 28 anos, ainda sonha em sentar na cadeira da escola. Ele tem deficiência intelectual e começou a trabalhar muito jovem e não conseguiu acompanhar a educação formal. O jovem é auxiliar de mercearia e não sabe ler e escrever. Entretanto, esta condição não foi um obstáculo para ele conseguir uma vaga de trabalho no Bretas.

“O trabalho melhorou a minha vida. Agora consegui equipar a minha casa com geladeira e fogão”, revela. Mesmo com as dificuldades, Heber é conhecido por todos por ser um profissional proativo e sempre disposto a ajudar.

Políticas

O Bretas se destaca pela adoção de uma política de diversidade e inclusão, que incentiva a contratação e o respeito aos diferentes perfis de colaboradores, em relação à idade, gênero, etnia, orientação sexual, nacionalidade e também a pessoas com deficiência (PcD). São ao todo 341 profissionais em toda rede, apenas em Goiás são 106 e em Minas Gerais, 235.

A Cencosud Brasil, quarta maior supermercadista do país e detentora das bandeiras GBarbosa, Perini, Mercantil Rodrigues, Bretas e Prezunic, conta com aproximadamente 1200 PcDs na companhia. Atualmente, a Lei de Cotas de PCD determina a obrigatoriedade de contratação de pessoas com deficiência para qualquer empresa com 100 ou mais empregados.

O Bretas conta em seu quadro com profissionais com deficiências de diferentes níveis, que podem ser classificadas em física, auditiva, visual e mental. A companhia enxerga nesta iniciativa uma oportunidade de ter em seu quadro, colaboradores compromissados e que valorizem o trabalho.

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