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Atendimento humanizado aos familiares de pacientes aumenta doações de órgãos no Hugo

O anúncio de morte, para maioria dos pacientes, pode ser um novo início. É o que estabelece a doação de órgãos. O Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdomiro Cruz (Hugo), já foi a unidade que mais se captou órgãos para doações, graças ao trabalho de conscientização às famílias. Este serviço deu uma grande diminuída e em 2020 tem apresentado índices de que pode retomar a colocação.

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Hugo tem desenvolvido cursos e capacitações diárias para todas as equipes, com intenção de diminuir os números de rejeições de famílias de possíveis doadores. O trabalho é grande, e envolve diversos setores para que sejam conquistados os resultados.

Presidente da Cihdott, a enfermeira especialista em transplantes Tânia Lemos revela que o trabalho para recuperar os índices envolve todos os departamentos do hospital. “Não basta estarem médicos, enfermeiros e psicólogos prontos para esta questão, se não estiverem também capacitados e cientes de como isso funciona os maqueiros, as recepcionistas, os vigilantes, arquipélago de jardinagem; todos eles podem ser abordados por familiares de pacientes, e são eles quem devem saber como essa situação deve ser enfrentada”.

A empatia dos colaboradores é apontada pela presidente do Cihdott como a primordial situação para que uma doação de órgãos seja feita. “A família do paciente está aflita há dias, esperando e clamando por uma boa notícia. Ela precisa, tanto quanto esse paciente, ser bem tratada. Já tivemos casos em que uma família se negou a doar os órgãos porque não foram bem atendidas. Da mesma maneira, tivemos familiares que foram tão bem tratadas que doaram. Eu já ouvi: ‘ele gostaria de saber que vai continuar em outra pessoa, depois de ser tão bem atendido aqui’, e isso mostra quão importante é o trabalho”.

A doação de órgãos ocorre mediante a autorização da família, mas para que isso aconteça, um processo longo e de muito critério é feito antes. O Protocolo de Morte Encefálica só é aberto depois de serem realizados exames que constatam a falta de atividade cerebral, e que descartem a reversibilidade do quadro. Depois disso, até que o protocolo seja fechado e o diagnóstico de morte cerebral é emitido, uma série de testes exames são feitos numa rotina que segue protocolos estabelecidos por órgãos e entidades.

REESTRUTURAÇÃO

O ambiente do Cihdott do Hugo passa por reformulação, e deve ser transferido para uma nova sala, com maior capacidade. Uma equipe de Organização de Procura de Órgãos (OPO), da Central de Transplantes da Secretarias Estadual de Saúde (SES) estará com o trabalho em conjunto no mesmo ambiente, equipado com Sala de Psicologia, Sala de Acolhimento e Entrevistas para a Família com proteção acústica, ambiente de repouso, expurgo, além da sala da presidência da Cihdott.

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