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Governador diz que não pensa em "lockdown", mas pode restringir alguns setores em Goiás

Segundo o governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM), o estado aínda não pensa em bloqueio total da movimentação, conhecido como lockdown, mas que pode reprimir alguns setores que estejam gerando aproximação e circulação de pessoas. Caiado assegurou que tudo isso vai provir de levantamentos e fiscalizações que estão ocorrendo.

"Nunca existiu isso [lockdown] na nossa discussão. Na semana passada identificamos uma queda no isolamento social. Caso haja uma resistência em não atender os protocolos, aí sim pensaremos em um decreto para voltar a situação anterior", afirmou. Em seu último decreto, o governador permitiu algumas atividades, como igrejas, salões de beleza e indústrias. Além disso, deu autonomia aos municípios para decidirem sobre o isolamento social em cada cidade. Porém, é necessário seguir uma sequência de medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Entre os setores que despertam a preocupação no governo estão as agências bancárias da Caixa Econômica Federal (CEF), que estão com aglomerações em longas filas de pessoas, em busca do recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal; terminais de ônibus; e o deslocamento de moradores de cidades do Entorno do Distrito Federal, que vão a Brasília, onde existem muitos casos confirmados. Além de postos de combustíveis as margens de rodovias e em cidades que ficam próximas às estradas, também são motivos de observações.

Caiado destacou que tem pedido à Caixa que faça acordo com outros bancos para que mais agências possam ser abertas, diminuindo as aglomerações. Em um comunicado público, a Caixa explicou que todos os clientes que chegarem entre às 8h e 14h serão atendidos, não sendo necessário dormir nas filas. Reiterou também que intensificou o atendimento aos que estão na fila para ajudar na geração de códigos para a realização do saque. O banco considerou que as agências estão funcionando em horário estendido e que está direcionando mais funcionários para as unidades considerada críticas. A Caixa também está contratando mais de 5 mil novos funcionários, entre vigilantes e recepcionistas, para reforçar o atendimento.

"Tudo está sendo mapeado, nenhuma decisão está sendo tomada sem uma análise, sem um estudo prévio. Temos que analisar um todo. Estamos colhendo os últimos 40 dias. Além das medidas que nós tomamos e que foram tomadas pelos prefeitos desde o final da última semana, se não surtir efeito, aí baixaremos novos decretos, mas não um lockdown", acrescentou o governador.

Caiado reforçou que, em conversa com as prefeituras, pediu um reforço na fiscalização dos comércios. "Tem que ter um número significativo de fiscais e fazer uma análise se os protocolos estão sendo cumpridos de acordo com o nosso último decreto. Aí sim a fiscalização municipal vai determinar se ela vai poder manter as portas abertas", justificou. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Goiás tem 861 casos confirmados e 30 mortes causadas pelo novo coronavírus até às 12h desta terça-feira (5). Ainda existem quase 10 mil registros suspeitos em investigação.

O governador considerou que não foi precipitada sua oferta de ajuda para receber pacientes contaminados com a Covid-19 de outros estados. "O que vai acontecer daqui para frente vai depender do comportamento dos cidadãos que habitam o estado de Goiás. Hoje, se fizermos um recorte temporal, temos como atender pessoas que estão em estado de calamidade de outros estados. Agora, você me pergunta se vamos ter capacidade para atender a todos os goianos, isso depende da conscientização da população goiana", enfatizou.

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