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Diretora da Afipe é flagrada repassando dinheiro para criminosos

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) investiga irregularidades na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A entidade é responsável pelo Santuário Basílica de Trindade. Rouane Carolina, diretora financeira da Afipe, é flagrada fazendo pagamento a criminosos. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, inclusive, em imóveis luxuosos ligados ao padre Robson de Oliveira Pereira, fundador e presidente da Afipe e reitor da Basílica.

Segundo a nota da Afipe foi informado que "não foi pego de surpresa" com a operação e que, no passado, "se colocou à disposição do Ministério Público". Salientou ainda que o padre Robson acompanhou toda a operação e que tudo segue em "extremo sigilo".

A Arquidiocese de Goiânia, responsável por Trindade, informou que "está atenta ao trabalho do Ministério Público, espera que tudo seja apurado o mais breve possível e se coloca à disposição para colaborar com a Justiça".

A operação foi batizada como "Vendilhões". As ordens foram autorizadas pela juíza Placidina Pires, que também determinou o bloqueio de R$ 60 milhões em bens da Afipe e demais associações ligadas a ela. Participam da operação 20 promotores de Justiça, mais de 50 servidores do MP-GO, quatro delegados, oito agentes e mais de 60 policiais militares.

Crimes investigados:

  • Apropriação indébita
  • Lavagem de dinheiro
  • Falsificação de documentos
  • Sonegação fiscal
  • Associação criminosa

Os mandados são cumpridos na sede da Afipe, empresas e residências em Goiânia e Trindade. Foi apurado que entre os imóveis ligados ao padre Robson está uma chácara com piscina aquecida. O pároco teria acompanhado o cumprimento de uma das ordens na Casa dos Padres, onde mora.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, Robson criou "várias associações com nome de fantasia Afipe ou similar, com a mesma finalidade, endereço e nome”. Portanto, todas as "Afipes" recebem doações de pessoas de todo o Brasil, conforme o documento.

De acordo com a denúncia do MP, os pagamentos destinados das Afipes aos grupos de empresas e pessoas só nos últimos três anos, giram em torno de R$ 120 milhões. Em relação a valores, a investigação apontou que nos últimos dez anos foram movimentados nas contas das Afipes cerca de R$ 2 bilhões, sendo a maioria fruto de doações para a construção da nova Basílica da cidade.

Com informações do O Popular

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