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Motoristas de app organizam paralisação em todo o Brasil

Categoria reclama de repasses, falta de segurança e qualidades dos serviços das principais empresas de transporte por aplicativo no Brasil

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Quem costuma usar aplicativo de corrida para se locomover pode ter dor de cabeça na próxima semana. Isso porque os motoristas destes aplicativos planejam a interrupção dos serviços na segunda-feira, 15, em resposta à defasagem nos repasses do valor das corridas realizadas pelas empresas.

A greve convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), tem uma adesão esperada de cerca de 70% dos motoristas de aplicativos em todo o brasil. Vale ressaltar que atualmente existem mais de 2 milhões de motoristas ativos nacionalmente.

O motorista de aplicativo Mauro Júnior afirma que o valor pago a cada quilômetro não compensa. Segundo ele, a classe quer aumentar a tarifa mínima de R$ 5,50 para R$ 10,00. Além disso, ele diz que muitos motoristas deixaram o aplicativo por falta de qualidade e segurança.

Segundo o motorista e organizador da manifestação em Goiânia, Lucas Rafael Dias Rosa, há vários fatores que levaram a classe a paralisar os serviços esta semana.

"Em Goiânia nós temos uma das mais baixas tarifas do Brasil, muitas vezes pagando menos de R$1 o quilômetro. Gasolina cara. Locação de veículos um absurdo. Os custos subindo e o ganho do motorista nunca subiu, pelo contrário, só diminuiu", diz Lucas.

Ele também que esteve no evento de lançamento de produtos da Uber em São Paulo, e lá conversou com pessoas de dentro da própria plataforma.

"Falamos que o motorista de app no Brasil não quer saber sobre lançamento de produtos, mas sim do aumento nos ganhos. Eles simplesmente contornaram o assunto e mesmo sabendo eles não estão nem aí", desabafou o motorista.

Segundo ele, o serviço só vem perdendo qualidade e logo não se sustentará mais.

"Nunca no Brasil todo os motoristas estiveram tão unidos, pedimos o apoio de todos para que isso aconteça. A insatisfação é Geral, motoristas por um ganho tão baixo, passageiro que não consegue carro em corridas curtas e em algumas corridas mesmo que não sejam curtas, pois não compensa para o motorista e com isso o passageiro tem dificuldade em encontrar um carro para levá-lo", alega.

"A expectativa é que eles [as plataformas de aplicativos de corrida] nos deem uma resposta pelo menos. Vamos continuar cobrando sempre. Sem nós a população sofre também, e com esses valores nós não aguentamos mais", finaliza.

Até a conclusão desta reportagem, as empresas inDrive, Uber e 99 não se pronunciaram oficialmente sobre a paralisação.

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