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Aeroportos registram atrasos e cancelamentos devido à greve dos aeronautas

Paralisação ocorreu das 6h às 8h da manhã desta segunda-feira, 19, e está prevista para os próximos dias


			Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil

A greve dos aeronautas afetou aeroportos de todo o país nesta segunda-feira, 19, que começou às 6h e foi até 8h da manhã. Segundo a Infraero, ao menos 50 atrasos e sete cancelamentos foram registrados no aeroporto de Congonhas, e de acordo com a GRU Airport, houve 10 atrasos no aeroporto de Guarulhos, o maior do país.

A suspensão das atividades aconteceu após uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho sobre a revisão de 90% dos aeronautas em serviço. Eles cobram reajustes salariais e melhores condições de trabalho. No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tripulantes carregavam placas que pediam 'valorização da profissão' e 'salários compatíveis com a responsabilidade'.

A greve deve continuar nos próximos dias e no mesmo horário, com isso, os atrasos e cancelamentos irão causar um efeito dominó, o que afeta praticamente todas as capitais ao longo do dia, principalmente pelo fato de os aeroportos de São Paulo concentrarem grande parte dos voos do país.

O aeroporto de Goiânia registrou quatro atrasos e dois cancelamentos na manhã desta segunda-feira. De acordo com a CCR Aeroportos, as operações do aeroporto não foram prejudicadas devido à greve.

Entenda a greve

A categoria reivindica definição dos horários de inícios de folgas, melhorias nas condições de trabalho, renovação da convenção coletiva de trabalho, recomposição das perdas inflacionárias e cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.

Os profissionais afirmam que as companhias aéreas lucram muito com os altos custos das passagens e a categoria é 'esquecida'. Eles reforçam também que a aviação não parou durante a pandemia e, mesmo com reduções de salários, continuaram trabalhando.

No domingo, 18, uma proposta foi apresentada, porém rejeitada por 76,43% dos aeronautas. A proposta era 100% INPC nos salários fixos e variáveis + 0,5% de aumento real, o que incide nas diárias nacionais, piso salarial, seguro, vale alimentação e multa por descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023.

A previsão é de que as paralisações ocorram diariamente, das 6h às 8h nos aeroportos de São Paulo (Congonhas), Guarulhos, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e Brasília.

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