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Mais de 60 milhões de pessoas já sofreram algum tipo de golpe na internet

Com a pandemia, novas necessidades surgiram e migrar para o mundo virtual foi uma delas, mudança que trouxe benefícios, mas também, preocupações, devido a exposição de dados pessoais no território online. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva realizada este ano, aponta que mais de 60 milhões de pessoas já sofreram com algum tipo de golpe na internet.

De acordo com o Superintendente do Procon Goiás, Alex Augusto Vaz Rodrigues, o golpe que tem acontecido com mais frequência é o chamado Golpe da lista telefônica, que se modernizou e continua fazendo vítimas em todo o país.

"Os golpistas se apresentam como representantes de editoras de listas telefônicas ou empresas de publicidade. Neste primeiro contato, é informado que o serviço será gratuito. Os golpistas tentam ludibriar os consumidores insinuando que os valores e clausulas aparentes no contrato são meramente ilustrativos e que esses valores não serão cobrados futuramente", afirma.

Alex Augusto Vaz Rodrigues, Superintendente do Procon GoiásFoto: Reprodução/instagram

Segundo Alex Augusto, de janeiro a maio deste ano, o Procon Goiás registrou 30 reclamações relacionadas ao golpe da lista telefônica, número que corresponde a 66,66% dos casos relatados em todo o ano passado.

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Segundo uma cartilha da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), os golpes mais comuns são:

  • Golpe do Novo Número: Criminosos se utilizam de números diversos de WhatsApp, que trazem imagem de perfil de algum familiar ou amigo daquela pessoa que recebe mensagens em seu WhatsApp, o criminoso se passa por aquele familiar ou amigo, solicita a transferência de dinheiro.
Golpe do Novo Número.
  • Golpe da Clonagem (sequestro) de Whatsapp: Os criminosos se utilizam de Engenharia Social, para convencer a vítima a lhes enviar um código ou clicar em um link recebidos por SMS, e logo em seguida, a vítima perde acesso a seu aplicativo WhatsApp, que estará sob o domínio do criminoso.
  • Perfil Falso de Empresas nas Redes Sociais Instagram e Facebook: Os criminosos criam falsos perfis de empresas renomadas, adiciona seguidores e envia mensagens por Direct anunciando alguma promoção, envia algum formulário, afirmam que a vítima deve informar um código ou clicar no link. O criminoso acessa por outro celular e passa a enviar mensagens para os contatos dela, pedindo dinheiro.

O estudante de jornalismo Mateus Moreira Moraes, de 21 anos, afirma que já caiu em três golpes diferentes na internet, um deles foi a compra de um iPhone 5C que nunca chegou.

"Tem uns três anos, estava em promoção em uma página no instagram, efetuei o pagamento, porém a mercadoria demorou a chegar. Eu comecei a cobrar os vendedores e eles me bloquearam. Mandei mensagem para eles pelo instagram da minha mãe e eles também bloquearam ela, foi assim que eu entrei em desespero porque já tinha pago a mercadoria, a mercadoria não chegava e os vendedores não respondiam. Até hoje esse iPhone 5C não chegou, eu dei R$ 500 para um golpista", conta Mateus.

Para não cair em golpes, fique atento:

  • Comunique-se com as empresas apenas pelos canais oficiais e verifique se a página das empresas nas redes sociais contém o selo de verificação, que garante que aquela conta foi verificada pelo site;
  • Confirme, antes de enviar o produto, com o seu banco ou com a plataforma, quando estiver usando a intermediação de pagamento do site, se o valor já está disponível em sua conta;
  • Nunca compartilhe seu login e senha com terceiros, escolha senhas fortes e as troque regularmente.

As reclamações e denúncias podem ser registradas através dos canais oficiais de atendimento do Procon Goiás:

  • Disque-denúncia-151 (capital);
  • Telefone fixo-3201-7124 (interior);
  • Site-proconweb.ssp.go.gov;
  • Plataforma-consumidor.gov.

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