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Professores são punidos pelo Governo Federal por fazer críticas à Bolsonaro

Dois professores da Universidade Federal de Pelotas, foram punidos pela Controladoria-geral da União (CGU), por criticarem o presidente Jair Bolsonaro.

O ex-reitor, Pedro Hallal e o pro-reitor, Eraldo dos Santos Pinheiro, receberam uma advertência oficial, as punições que foram publicadas sem mais detalhes, apenas indicando que "proferir manifestação desrespeitosa e de desapreço direcionada ao Presidente da República" e que isso teria sido feito "durante transmissão ao vivo de Live nos canais oficiais do Youtube e do Facebook da Instituição", no início de janeiro.

No entendimento da CGU, a live nas redes sociais da instituição  "se configura como 'local de trabalho' por ser um meio digital de comunicação online disponibilizado pela Universidade".

A fala dos professores que gerou a reação do governo, aconteceu no dia 7 de janeiro, durante a live, Hallal disse que Bolsonaro tentou "dar um golpe na UFPel", que o presidente era um "defensor de torturador" e o "único chefe de Estado do mundo que não defende a vacinação" contra a Covid-19.

Hallal que é epidemiologista, coordena a primeira pesquisa nacional sobre prevalência da Covid-19 no país, que na primeira etapa foi feita com o financiamento do Ministério da Saúde (suspenso), e hoje segue com recursos privados.

Já Pinheiro chamou o presidente de "sujeito machista, homofóbico, genocida, que exalta torturadores e milicianos".

Bolsonaro, como fez em outras universidades federais, na seguiu a praxe de escolher o docente mais votado pela comunidade universitária. Sabendo dessa tendência do presidente de não indicar o mais votado, a Universidade fez uma lista tríplice com três integrantes da chapa vencedora:

Paulo Roberto Ferreira Júnior, candidato a reitor, Isabela Andrade e Eraldo Pinheiro, todos os três da mesma chapa. Isabela foi escolhida como reitora.

A controladoria-geral da União, foi procurada paz que entregasse o processo administrativo contra os dois professores e para dar explicações sobre a base da punição por criticar o presidente, mas a instituição não respondeu.

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