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Estudantes brasileiros recebem avaliação negativa pelo OCDE em 'competência global'

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), avaliou estudantes secundaristas brasileiros e, mensurou que a grande totalidade é capaz de usar apenas uma língua (monolíngue) e declarou ter menos conhecimentos sobre questões globais do que alunos de outros países avaliados.

Essa dificuldade pode ser considerada uma barreira adicional para os estudantes brasileiros no quesito "competências globais", habilidade cada vez mais necessária em um mundo competitivo e cujos desafios superam as fronteiras nacionais, como pandemias e mudanças climáticas.

Cerca de 11 mil estudantes na faixa etária dos 15 anos, participaram do Pisa 2018, por conseguinte, do questionário sobre o interconectividade.

Eles estão no grupo de estudantes com menos proximidade com pessoas de outros países: enquanto em lugares como Albânia, Alemanha e Grécia ao menos 70% dos estudantes disseram ter contato com estrangeiros, essa porcentagem foi de 20% a 30% em Brasil, México, Turquia e Vietnã.

No Brasil, pouco mais de um terço dos estudantes afirmaram falar mais de um idioma, índice só maior do que Coréia do Sul, México, Colômbia e Vietnã. Em comparação, mais de 90% dos alunos da Croácia, da Estônia e de Hong Kong afirmaram serem capazes de se expressar em mais de um idioma.

Os estudantes brasileiros tiveram uma média muito inferior a da OCDE no quesito " consciência sobre assuntos globais". A entidade mediu isso perguntando aos estudantes o quão familiarizados eles estavam a temas como aquecimento global, conflitos internacionais, desnutrição, causas da pobreza e igualdade entre homens e mulheres.

Alunos da Albânia, Lituânia e Grécia foram os que se autodeclararam mais capazes de responder sobre esses assuntos. Já o Brasil ficou em 53° entre os 65 países que participaram desse ponto no questionário.

Conforme o site Terra, assim como em outros pontos da pesquisa, a OCDE encontrou aqui uma forte correlação entre o status socioeconômico dos estudantes e sua consciência sobre assuntos globais Os estudantes de classes sociais mais prósperas tinham mais conhecimento sobre esses assuntos do que seus pares mais pobres, tanto no Brasil, como em outros países.

"Essas diferenças em conscientização relacionadas ao status socioeconômico podem ser resultado de um acesso desigual a oportunidades na escola, de aprender sobre assuntos globais", pontuou o relatório.

Segundo Schleicher, da OCDE, a escola tem um papel fundamental em ajudar os estudantes a pensar e aprender de modo autônomo e a ampliar sua compreensão de outras culturas, tradições, modos de vida e formas de pensar.

"A habilidade de ler e entender a diversidade e de reconhecer valores liberais centrais de nossas sociedades, como tolerância e empatia, pode ajudar a responder ao extremismo e a radicalização", afirmou Schleicher.

"Atitudes abertas e flexíveis serão vitais par os jovens coexistirem e interagirem com pessoas de outras fés e outros países. Também o serão os valores humanos comuns que nos unem".

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