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Mais de 10 milhões de pessoas passam fome no Brasil, aponta IBGE

Nesta quinta-feira (17), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou os dados de um levantamento feito entre junho de 2017 e julho de 2018, que aponta que cerca de 10,3 milhões de pessoas não tem acesso regular à alimentação básica no país.

De acordo com a pesquisa, a fome no Brasil aumentou consideravelmente atingindo 3 milhões de pessoas só nos últimos cinco anos. Vale ressaltar que o levantamento conta apenas com indivíduos que moram em domicílios permanentes, sem considerar as pessoas em situação de rua.

Além da piora na alimentação das famílias brasileiras - que atingiu o menor índice nos últimos 15 anos, os dados do IBGE mostram que as áreas rurais têm maior prevalência da fome e que mais da metade dos domicílios onde há fome são chefiados por mulheres.

Outro dado apontado pela pesquisa é o de que metade das crianças com até 5 anos tem restrição no acesso à alimentação de qualidade assim como o acesso à alimentação plena é menor em domicílios com maior número de moradores.

Somente na Região Nordeste do país vivem quase metade dos famintos brasileiros segundo o levantamento.

O gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, André Luiz Martins Costa, afirma que historicamente é possível observar a diminuição da segurança alimentar e o aumento dos índices de insegurança alimentar entre a população. Confira o gráfico:

Reprodução

Para o IBGE, a segurança alimentar é classificada pelo acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso às outras necessidades essenciais. A maior cobertura da segurança alimentar foi registrada em 2013.

Insegurança Alimentar

A classificação de insegurança alimentar feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é dividida em leve, moderada e grave. Sendo leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos no futuro e queda na qualidade adequada dos alimentos.

É considerada moderada a redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação e grave, quando essa redução quantitativa de alimentos também atinge as crianças e neste caso, falta de alimentos para todos os moradores do domicílio.

Entre 2013 e 2018 a insegurança alimentar moderada aumentou 87,53%, a leve 71,5%. Por sua vez, a insegurança alimentar grave, que caracteriza a fome, aumentou em 48,8%.

*Com informações do G1.

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