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A pandemia por covid-19 fez com que há cada 10 empresas, quatro fechassem as portas temporária ou definitivamente. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, divulgados pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (16).
Segundo o R7, na primeira quinzena de junho, calcula-se que o país tinha 4 milhões de empresas, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas provisoriamente e 716,3 mil (17,6%) fechadas em absoluto.
Portanto, 1,3 milhão de empresas terminaram as atividades no período, sendo 522,7 mil (39,4%) por causa da pandemia. Destas a maior parte 518,4 mil (92,2%) era de pequeno porte ( até 49 empregados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (50 a 499 empregados) e 110 (0%) de grande porte ( mais de 500 funcionários).
Os setores mais afetados foram os serviços, com 258,5 mil (49,5%) empresas fechadas; comércio, com 192,0 mil (36,7); construção, com 38,4 mil (7,4%); e indústria, com 33,7 mil firmas fechadas (6,4%).
Para o coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE, Alessandro Pinheiro, destacou que a pandemia afetou mais as empresas ligadas a serviços prestados às famílias.
"Os dados sinalizam que a Covid-19 impactou mais fortemente segmentos que, para a realização de suas atividades, não podem prescindir do contato pessoal, tem baixa produtividade e são intensivos em trabalho, como serviços prestados às famílias, onde se incluem atividades como bares e restaurantes, e hospedagem, além do setor de construção", considerou.
Abalo da pandemia nos negócios
Conforme a pesquisa, entre as 2,7 milhões de empresas em atividade, 70% afirmaram que a pandemia teve um impacto geral negativo sobre os negócios.Somente 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente. Entretanto, 13,6% confirmaram que a pandemia trouxe oportunidades e que teve um efeito positivo sobre a empresa.
Sete de cada dez firmas sentiram a queda na venda de produtos ou serviços por conta da pandemia. Já 17,9% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 10,6% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia.
E acordo com o IBGE, a pesquisa vai acompanhar o efeito da pandemia nos setores da indústria, construção, comércio e serviços. Os dados começaram a ser coletados em 15 de junho (por telefone com cerca de 2 mil empresas).
Os resultados serão divulgados quinzenalmente. A primeira divulgação traz o comparativo entre a primeira quinzena de junho e o período anterior ao início da pandemia, em 11 de março. As demais trarão comparações com a quinzena imediatamente anterior.
