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PC investiga desvio de respiradores da Secretaria de Saúde do DF

Conforme a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), foi realizado o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante uma operação que investiga o transvio de respiradores e de outros equipamentos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por provável círculo criminoso liderado por um médico da rede pública.

Alvo da investigação, o servidor Fabiano Duarte Dutra, tem ligação a uma das diretorias do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IGES-DF), que tem sob responsabilidade a administração de hospitais e unidades de pronto atendimento da capital e já é reincidente, pois já foi detido em outra operação, que apurava a existência de uma Máfia das Próteses.

Segundo a Secretaria de Saúde e o Iges-DF, estão "colaborando com as investigações". Já o representante do servidor afirmou que o cliente "está absolutamente tranquilo. Não há desvio algum e isso será esclarecido". Os mandados judiciais foram cumpridos em endereços ligados a Fabiano Dutra, além de sócios das empresas investigadas, em unidades do Iges-DF e em uma importadora de produtos hospitalares, localizada no Guará. Não foi efetuada prisões.

Batizada de "In Rem Suam", a operação faz referência à expressão "mandato em causa própria". Com as ações realizadas pela Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (CECOR), com o suporte da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (Prosus).

Em nota, a Secretaria da Saúde declarou que colabora com as autoridades e que "não pode revelar maiores detalhes [sobre o caso], para não atrapalhar as investigações". O Iges-DF sustentou que "todos os dados necessários serão repassados à equipe que conduz a operação". O instituto afirmou ainda que "não adquiriu insumos ou equipamentos com as empresas investigadas".

Ramificação em vários estados

A Polícia Federal, cumpriu mandados em outros estados como parte de operações que também apuram supostos desvios de recursos que deveriam ser usados no combate ao coronavírus. No Amapá, mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na sexta-feira (29), durante a 2° fase da operação Vírus Infecto. Um dos locais de busca foi a sede da Secretaria de Estado de Saúde, no centro de Macapá.

Já em Recife(PE), na quinta-feira (28), houve a segunda fase da operação Apneia, que investiga a compra de respiradores pela prefeitura da capital pernambucana, através da Secretaria de Saúde, com dispensa de licitação. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e na casa do secretário de Saúde da capital, Jaílson Correia, que teve o celular apreendido.

No Rio de Janeiro, a operação Placebo, deflagrada na última terça-feira (26) pela PF, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), e outro na casa dele, no Grajaú. A investigação no Rio apura supostas fraudes na contratação da Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (labas) para construir hospitais de campanha. Witzel nega participação em esquemas.

*Com informações do G1

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