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Funerárias reduzirão preço de enterro para vítimas de Covid-19

A Associação de Funerárias do Distrito Federal decidiu doar a mão de obra e o transporte para o enterro das vítimas do coronavírus. O objetivo é para tentar minimizar o sofrimento das famílias quando se tratar de pessoa de baixa renda.

Caso a família não seja carente, as funerárias conveniadas decidiram reduzir o custo dos serviços. O valor cairia de cerca de R$ 2 mil para R$ 1,1 mil. No entanto, não estão inclusos os custos com o cemitério que pode chegar a R$ 5 mil.

Segundo o diretor da Associação de Funerárias do Distrito Federal, Ed Lincoln Fernandes Alves Silva, a proposta foi levada para a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) alegando que o momento é de solidariedade. A medida vale também para famílias residentes no Entorno do Distrito Federal.

A proposta sugere que o Governo do Distrito Federal (GDF) continue arcando com o custo das urnas mortuárias. No "sepultamento social", cabe ao Executivo local assumir com caixões, transportes, mão de obra e o próprio funeral de óbitos da classe mais baixa.

Ed Lincoln alegou que já doou urnas para auxiliar o governo com as famílias e, por isso, estudou a possibilidade de doar novamente durante a pandemia. No entanto, ele acredita nas medidas adotadas pelo GDF contra a doença e espera que não será caso de necessidade.

De acordo com Lincoln, as funerárias do DF têm capacidade de transportar 1.254 corpos por dia, com 94 carros funerários de diversos tamanhos. Eles podem levar de dois a quatro caixões na mesma viagem. O diretor sugeriu que, se acontecer um ápice da pandemia, o GDF liberasse a faixa exclusiva das vias para o transporte agilizar a locomoção.

A Organização Mundial da Saúde recomendou para que todos os trabalhadores das funerárias em funcionamento no DF utilizassem os equipamentos individuais de proteção (EPIs).

Reunião entre o MPDFT, representantes do GFD e empresas funerárias

Na última quinta (2), foi realizada uma reunião entre o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), representantes do GDF e das empresas de serviços funerários para tratar do tema.

O secretário-adjunto da Secretaria de Justiça, Maurício Carvalho, alegou que o GDF não teria estrutura para atender a demanda e a parceria irá permitir o aumento da capacidade de transporte dos corpos.

Além disso, será estabelecido um tempo máximo de coleta pra não causar contaminação excessiva na instalação hospitalar. Segundo Carvalho, não haverá velório, mas será um ponto para que se possa deixar o corpo até o sepultamento.

O Ministério Público reconheceu o gesto das empresas, mas acentuou que, por se tratar de trabalho voluntário, o poder público não consegue ter o controle e exigir o serviço. Sendo assim, sugeriu uma contratação com valor simbólico.

“É preciso fazer uma pesquisa de mercado e dar transparência a todo esse processo”, concluiu as promotoras de Justiça Hiza Carpina e Mariana Távora.

*Com informação do Metrópoles

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