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Radialista é preso suspeito de atrapalhar Operação Calvário

O radialista Fabiano Gomes foi preso na manhã desta terça-feira (10) suspeito de atrapalhar as investigações da Operação Calvário, em João Pessoa. Ele solicitava dinheiro aos investigados para não divulgar informações sigilosas.

Segundo o blog de Matheus Leitão, do G1, o radialista irá responder também por porte ilegal de arma. A defesa de Fabiano acompanha a busca e apreensão e a prisão temporária. Informou estar surpresa com a ação pois, segundo a defesa, ele não era investigado, citado ou sequer foi ouvido antes pelo Gaeco na Operação.

A defesa alegou ainda que Fabiano se coloca à disposição para qualquer esclarecimento. Outros nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em João Pessoa e Bananeiras, na Paraíba. Um auditor também é investigado.

A 8ª fase da Operação Calvário investiga a lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba (Lotep).

Entenda a Operação Calvário

Parte dos recursos teriam sido desviados com a participação de um auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Segundo informações, ele teria recebido para atrapalhar a fiscalização nas organizações sociais.

Além disso, o radialista Fabiano Gomes estaria utilizando canais da imprensa para intimidar os investigados ou potenciais investigados. Ele teria solicitado dinheiro para não revelar nenhum conteúdo sigiloso pessoal deles.

Foram 55 policiais federais e cinco auditores da Controladoria Geral da União que participaram do cumprimento dos mandados. Aconteceram nas residências dos investigados e no TCE-PB.

As ordens foram expedidas pelo Desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.

Operação Calvário

A Operação Calvário teve início em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. Em oito fases de operação, houve resultados como a prisão de servidores e ex-servidores na estrutura do governo da Paraíba.

A investigação enxergou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, de julho de 2011 até dezembro de 2018.

Ao todo, a "Operação Calvário - Juízo Final" expediu 17 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão.

O ex-governador Ricardo Coutinho foi preso em dezembro de 2018 e teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia. Ele foi encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, na capital paraibana e deixou o presídio no dia 21 de dezembro de 2019.

*Com informações do G1

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