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Dependência emocional e saúde mental

Como a dependência emocional afeta nosso estado mental?

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É normal criarmos laços afetivos ao longo de nossas vidas, afinal, como dizia o saudoso cantor e compositor Tom Jobim: “é impossível ser feliz sozinho”.

Mas até que ponto as relações sociais e afetivas são benéficas, e quando elas podem se tornar fonte de sofrimento emocional?

O que é a dependência emocional?

A dependência emocional é um padrão de comportamento no qual uma pessoa se torna excessivamente dependente de outra pessoa para satisfazer suas necessidades emocionais. Esse tipo de comportamento costuma estar associado, na maioria das vezes, a relacionamentos amorosos.

O que poucos sabem é que esse tipo de comportamento também pode ocorrer em qualquer tipo de relação: familiar, amistosa, profissional e até mesmo com objetos, animais ou substâncias. A verdade é que não existe uma regra definida para isso.

Quando a dependência emocional pode se tornar um problema?

De certa forma, todos somos dependentes emocionalmente.

Além de ser natural, é uma necessidade nossa como ser humano estabelecer laços afetivos ao longo da vida, mas nem sempre nos damos conta do quanto nossas relações podem ser saudáveis – ou não.

A dependência emocional pode se tornar um problema quando a pessoa passa a depender exclusivamente de algo ou alguém para se sentir feliz e emocionalmente equilibrada. Isso pode levar a comportamentos autodestrutivos como ciúmes excessivos, insegurança, medo de rejeição e falta de autoestima, afetando negativamente a qualidade de vida e as relações interpessoais.

Além de afetar negativamente os relacionamentos interpessoais, a grande problemática por trás dessa dependência está no quanto ela pode influenciar o desenvolvimento pessoal do dependente, que passa a se enxergar incapaz quando está só.

Como a dependência emocional afeta nosso estado mental?

Em geral, a dependência emocional pode se manifestar de diversas formas, como: busca constante por atenção, aprovação e validação, medo intenso de abandono, baixa autoestima, ciúme excessivo e comportamentos controladores.

Essa dependência pode elevar os níveis de ansiedade, depressão e insegurança, devido à necessidade constante de validação e aprovação dos outros para estar bem consigo mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, pessoas que apresentam esse comportamento geralmente têm dificuldade ao lidar com a solidão e a separação, e muitas vezes se envolvem em relações tóxicas e abusivas.

Uma pessoa emocionalmente dependente também pode se considerar incapaz de tomar decisões de forma independente, o que pode dificultar a realização de seus objetivos pessoais e profissionais.

Como superar a dependência emocional?

Além do apoio familiar, o tratamento para a dependência emocional também exige dedicação e suporte profissional.

A psicoterapia pode ajudar as pessoas a identificar padrões de pensamento negativos e substituí-los por pensamentos mais positivos e realistas, além de ajudar a entender a raiz desse tipo de comportamento.

A terapia também pode ajudar a pessoa a desenvolver habilidades para lidar com a ansiedade e o estresse, contribuindo para outras situações do dia a dia.

Qual o perigo da dependência emocional?

A dependência emocional quando não tratada adequadamente pode evoluir para sintomas graves, tais como depressão, transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, estresse, abuso de substâncias, insônia e autodestruição. Portanto, buscar ajuda profissional ao identificar esses sinais é importante e muito eficaz.

Para se livrar dessa dependência emocional, a pessoa precisa desenvolver competências, segurança, amor-próprio, autodirecionamento (percepção de capacidade de dar conta daquilo). O caminho é sempre para algo terapêutico — ou seja, a psicologia clínica — que ajuda a pessoa a se estruturar.

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